A Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural está desenvolvendo diversas ações e programas para reduzir o déficit hídrico dos produtores rurais e, consequentemente, o impacto da estiagem no Estado. São programas como o Mais Água Mais Renda, o Segunda Água e o de Infra-estrutura Rural, que estão viabilizando a construção de açudes, a perfuração de poços e a distribuição de kits de irrigação para as pequenas propriedades. Lembrando que em 22 de maio também foi criada a Câmara Setorial da Irrigação.
De acordo com o secretário Covatti Filho, os programas existentes atendem uma importante demanda dos produtores gaúchos, principalmente quando enfrenta-se uma seca como a vista neste ano. “Não vamos parar, vamos investir cada vez mais para aumentar a área irrigada no Estado. A irrigação é o futuro. Nos últimos 35 anos foram perdidos 75 milhões de toneladas de grãos devido à estiagem, o que representa R$ 100 bilhões. Temos apenas 2,9% de área irrigada no plantio de cereais, enquanto SP chega a 35%”.
Entre os encaminhamentos da primeira reunião da Câmara Setorial, realizada na segunda-feira, Covatti Filho se comprometeu em agendar um encontro com o secretário estadual do Meio Ambiente, Arthur Lemos Jr para simplificar a emissão de licenças ambientais para irrigação.
De acordo com o secretário da Agricultura de Arroio do Meio, Eloir Lohmann, quatro propriedades do município poderão ser enquadradas nos programas. Nestes estabelecimentos são produzidas hortaliças. Segundo Lohmann, pelas características geológica e hídrica do município, não haveria vazão para irrigar lavouras de grãos. Ele também destaca a necessidade de profissionalização das atividades para adesão. “Tem que comprovar a finalidade, não é para criar peixes”.
De acordo com a Emater/RS-Ascar, 30% das propriedades do Vale do Taquari têm potencial para uso da irrigação, mas menos de 1% usa o recurso. Entretanto, de acordo com técnicos, no último verão, o excesso de calor foi determinante para potencializar os efeitos da estiagem.