O que você vai fazer assim que o vírus for embora?
A pergunta resulta das frustrações que experimentamos ao longo destes três meses de “fecha tudo, fica em casa” que caracteriza a determinação oficial que até aqui foi incapaz de gerar o “achatamento da curva”.
Sinto muita falta da companhia dos amigos para um churrasco com cerveja gelada. A conversa ao pé da churrasqueira é como uma DR, a famosa “discussão da relação”. É momento de esquecer as mazelas da vida, jogar conversa fora através de um papo descontraído.
Tenho saudades das idas à praça nas manhãs de sábados e domingos. É meu refúgio para o estresse da semana tomando um chimas no capricho, lendo os jornais e encontrando pessoas conhecidas.
Apesar do trabalho intenso feito em casa – batizado com um neologismo tão comum nesta época virtual como “home office” – gostaria de reencontrar meus colegas, trocar fofocas (ops… são informações relevantes!) e ter horário para relaxar ao chegar em casa, no final do dia.
Também gosto de peregrinar pelo shopping. Mais como distração do que alternativa de compras que andam escassas por motivos óbvios. Comer fora de casa, tomar um chopinho ou vinho gaúcho é outro hábito arquivado.
O que você fará quando a pandemia
terminar e voltarmos a ser livres?
Os passeios a Arroio do Meio funcionam como uma reenergização. Encontrar amigos de longa data, tomar um chimas na loja dos Meneghini, devorar um sanduíche de salamito com queijo e comprar cucas de coco do Zêzi fazem muita falta. Como também ir à Feira do Produtor e caminhar depois do almoço no Baldo ou Clube Esportivo são rotinas que serão reativadas assim que as polêmicas estatísticas de saúde permitirem.
Até lá é preciso paciência para controlar a ansiedade, a depressão e o isolamento. A mesma tecnologia que impõe uma carga massacrante de trabalho em casa permite a proximidade com afetos ajuda e mitigar a saudade. Pessoas a milhares de quilômetros de distância podem ser vistas através de ligações de vídeo. É claro que nada substitui o abraço, o beijo, o toque, mas é o que temos no momento.
Portanto, prezados leitores, aproveitem o confinamento para pegar caneta e papel – ou acionem o bloco de notas do celular – e relacione tudo o que vocês pretendem fazer, assim que finalmente voltarmos à liberdade. Que tal?

