Trabalhando no ramo de comércio de cosméticos há 20 anos, o empresário Sérgio José Laste é proprietário da Espaço Glamour, em Arroio do Meio, há dois anos. Apesar de, pela mercadoria que trabalha, enquadrar-se em serviços essenciais, vendendo produtos de higiene pessoal, teve um significativo prejuízo com a pandemia.
Laste conta que no período de bandeira preta atendeu de porta fechada, um cliente por vez. “Mas fiquei prejudicado devido à não circulação de pessoas”, salienta, revelando que a situação lhe impactou muito a situação financeira, já que foram três semanas praticamente nulas. “Rendeu em uma semana, o que antes rendia em um dia”, lamenta.
A pandemia afetou muito o negócio do empresário, que precisou recorrer a bancos e empréstimos. “Tudo isso é muito ruim para nosso município, se eu fosse mais uma empresa fechando, seria o caos. Estou deixando de gerar dois empregos. Devido à não circulação de pessoas, a quantidade de clientes diminuiu, é como uma bola de neve”, revela.
O empresário avalia que a doença existe, mas que, de uma forma geral, os governantes estão optando por fechar tudo sem avaliar a realidade de cada cidade. “O governo está tomando decisões baseado em grandes centros. Nossa cidade tem, em média, 20 mil habitantes, nosso comércio não gera grande aglomeração, só que não temos esse respaldo”.
Para Laste, outro grande diferencial no enfrentamento da pandemia se concentra na vacinação, onde acredita que o público de locais que têm maior circulação, como por exemplo escolas e indústrias, deveriam ser contemplados logo. Para finalizar, ainda cobra conscientização daqueles que se arriscam a organizar e frequentar festas clandestinas, podendo levar o vírus para os que estão de resguardo em casa.