Nas últimas semanas viemos acompanhando a evolução das colheitas, tanto de soja quanto de milho e a implantação das áreas de milho safrinha no centro/norte do Brasil. Um ponto que vem chamando atenção são as oscilações de produtividade, desafios com ferrugem na soja em final de ciclo, estiagens desafiando o plantio da safrinha e, consequentemente, a cigarrinha, que já venho abordando e, por final, o preço desses produtos no mercado.
Um ponto é fato: já se tem cultivares de soja e híbridos de milho que têm melhor performance em determinados talhões da propriedade, principalmente quando se diz respeito aos níveis de investimentos empregados na propriedade, convertendo a produtividade.
A disparada no preço dos insumos, o aumento da demanda e a falta de produtos no mercado, tanto nacional como mundial, fazendo com que essa locomotiva do agronegócio venha superando resultados. Mas o ponto chave é, quem não está com tudo na ponta da caneta, pode se atrapalhar em negociações futuras.
A prolongada onda de frio nos EUA, fazendo com que, novamente, o preço da soja esteja em alta nessa semana que se abriu, onde a bolsa de Chicago declarou aumento de 1% no Buschel e já sinalizando mais aumentos caso o clima não mude. O preço praticado na abertura da semana no Brasil, da commodity oleagionosa, já chega no patamar passando os R$173 a saca de 60kg.
Quando falamos em milho, o mercado comprador paulista abriu a semana pagando R$103 reais a saca de 60kg. Tudo isso, causa efeito cascata e vai parar na mesa do consumidor final, onde com certeza, produtos oriundos de suínos, frangos e bovinos terão brusco aumento, pois a matéria prima para sua alimentação é justamente o milho.
O momento é bem delicado, pois esse jogo está acontecendo e negociações erradas não podem ser feitas, justamente pela pequena margem, pois quando o produtor irá comprar insumos para implantação da safra 21/22 os reajustes de preços estarão no mesmo patamar. Logo esses detalhes devem ser observados e deve-se buscar fechar imediatamente a maior demanda necessária para não sentir ainda mais o peso na hora da compra de insumos futuramente.
O ponto que chama a atenção, com a incidência de cigarrinha e atraso no plantio da safrinha e o corte de chuvas no centro/norte do país, é que vai diminuir a produtividade e a qualidade do milho. A tendência é a elevação dos preços.