Professores e profissionais da educação começam a ser vacinados. Cada município faz o seu cronograma. Aqui em Arroio do Meio, os professores e profissionais que trabalham nas escolas recebem amanhã, sábado, a primeira dose da Astrazeneca/Oxford. Estarão disponíveis 400 doses, que serão suficientes para aplicar a primeira dose nestes profissionais, o que dará um alívio e segurança para evitar contágios garantindo continuidade das aulas.
Além das vacinas para professores, hoje, sexta, continua a vacina para os que apresentam comorbidades e no domingo serão aplicadas doses da Coronavac que estão atrasadas para quem tem 68 anos ou mais.Ontem ainda não havia previsão e quantas doses estariam disponíveis. O atraso na aplicação da segunda dose da Coronavac, tem preocupado. Faltam insumos para a produção, cuja dependência, como sabemos é da China.
Cuidados continuam – Apesar da boa notícia no avanço do cronograma de imunização, não é demais lembrar que devemos manter os cuidados. Tem se verificado que na medida que as pessoas relaxam nos protocolos, se aglomeram desnecessariamente, ocorrem mais casos por covid-19 e alguns mais graves, tanto que nos últimos dias aumentou o número de pessoas internadas no hospital, sendo que sete pessoas de Arroio do Meio continuam internadas na UTI, conforme último boletim divulgado pela assessoria de comunicação da prefeitura local.
Politização e CPI
Desde o começo da pandemia temos observado o excesso de politização em torno dela. Basta ligar o principal canal de TV aberta, alguns grandes jornais ou revistas. O ideal seria aproveitar a audiência para canalizar esforços e propor saídas e soluções, para uma crise sanitária sem precedentes na história recente. Mas os arautos do caos, oportunistas, os que querem ganhar às custas da dor e prejuízo alheio, andam atentos. A falta de conhecimento e preparo para lidar com a devastação que o vírus está fazendo principalmente na saúde e economia contribuem para prolongar a crise.
As eleições presidencial, de governadores, deputados e senadores no ano que vem aumentam a politização da pandemia. A CPI em andamento no Senado está operando de forma desvirtuada. Não investiga o que deveria investigar. Há quem diga que os relatórios estão prontos e montados. Levantamento preliminar feito sobre os trabalhos na CPI indicou por exemplo, que os parlamentares usaram 62% do tempo para falar (palanque eleitoral) quando na verdade deveriam estar lá mais para ouvir. Entre as motivações da Comissão cuja relatoria é do Renan Calheiros, (MDB Alagoas) é emplacar um impeachment no presidente da República que tem expressivo apoio popular, apesar de parte da imprensa e partidos de oposição baterem no governo desde que assumiu em 2019. Imaginem se isto acontecesse na China, que continua crescendo a todo o vapor ou mesmo em qualquer país europeu. Estamos no Brasil e queremos manter a democracia, mas que é ameaçada, pela frequente judicialização, interferência entre poderes ou por quem não quer ficar longe de privilégios e almeja o poder a qualquer custo.
•••
A politização e debate em torno do tratamento precoce da covid-19, defendido por muitos médicos e hospitais que incluem hidroxicloroquina, azitromicina, invermectina, entre outros, administrados como tratamento nos sintomas iniciais, continua. Muitos dos médicos que defendem este tratamento têm dito que além do baixo custo da medicação, quando administrada corretamente têm baixa toxidade e pode minimizar os efeitos do vírus. Quem tem razão? Sabemos que praticamente todos os remédios têm contraindicações e muito mais quando tomados de forma errada. Aliás, o brasileiro tem por hábito se automedicar, sem ler detalhadamente a bula, que sempre tem longa lista de contraindicações para duas ou três linhas de efeito curador. Para os críticos do tratamento precoce, o maior argumento é de que o protocolo não tem base científica conclusiva. Pelo que lemos e ouvimos há muitas divergências entre médicos. Enquanto alguns prescrevem para seus pacientes outros são contrários e neste caso o mais sensato como em muitas outras medicações é que a decisão seja do paciente e do médico.