Um grupo de moradores e proprietários de terrenos de Linha Bicudo Alto quer reconhecer uma estrada reaberta pela secretaria de Obras há mais de três meses, com o nome do ex-morador e agricultor Walter Aloísio Schmitz (in memorian), que residiu na comunidade entre 1964 até maio de 1991.
A estrada com 1.190 metros de extensão, que por anos estava abandonada, inicia nas propriedades de Sírio Werner e Dirceu Biasibetti, em Picada São Paulo e encerra em uma interligação de estradas em Bicudo nas terras de Erno Klauck. Foi aberta nos anos 1950 pela prefeitura de Arroio do Meio e era uma importante rota de carroças e tratores para o transporte de alimentos entre as duas comunidades.
Para que a rua seja nomeada, moradores iniciaram na terça-feira, dia 25, a coleta de assinaturas e encaminharam ofícios ao vereador Gesael Biasibetti (PSDB) que apresentou um projeto de lei na Câmara de Vereadores, que denomina de Walter Aloísio Schmitz, a estrada antiga entre Picada São Paulo e Bicudo. A votação do projeto deve ocorrer na próxima sessão, no dia 9 de junho, com o apoio e acordo das demais bancadas do PP, MDB e PDT. Se aprovado, o texto segue para a sanção do prefeito Jari Hunhoff.
Irno Schmitz, 38 anos, conhecido nas redes sociais como Alemão de Bicudo, é filho de Walter Aloísio Schmitz e reside na comunidade há mais de um ano. Ele explica que a ideia de homenagear seu pai surgiu em janeiro deste ano, quando as máquinas da prefeitura iniciaram a limpeza da antiga via, que por muitos anos cortava as terras do falecido pai. “Entrei em contato com os moradores, proprietários de terras e prefeitura. Todos foram favoráveis”, diz.
Walter Aloíso Schmitz comprou a área de terras em Bicudo Alto no ano de 1964 que pertencia a Erno e Elvino Dutra. Ali trabalhou na agricultura e permaneceu até falecer, em maio de 1991. Hoje, na área de terras, o filho Irno possui um espaço de entretenimentos, acampamentos e trilhas ecológicas. “Acredito que esse local será muito movimentado, pois temos um potencial turístico enorme que atrai muitos aventureiros, trilheiros e jipeiros da região que buscam rotas mais isoladas aos finais de semana”.