A Coesul retirou na sexta-feira, dia 30, o maquinário que executava a obra de contenção na encosta do rio Taquari, no bairro Navegantes, em Arroio do Meio, com gabiões. O motivo são atrasos na análise de progressão da obra e empenho de parcela dos recursos por parte da Defesa Civil Nacional.
O secretário da Fazenda, Valdecir Leandro Crecencio explica que outra pendência é o valor exato da obra. Na primeira planilha de custos consta o orçamento de R$ 4,009 milhões. Mas, num segundo momento, dentro da licitação, houve incremento de R$ 500 mil, que pode não ter sido atualizado. “São valores que precisam estar claros, pois impactam na contrapartida de 10% do município”, explica.
Segundo Crecencio, o fato da obra ter sido iniciada no período de férias de servidores da Defesa Civil e a própria pandemia, podem ter influenciado esses atrasos em análises e empenhos. Entretanto, acredita que a contenção será retomada em breve, e não vê maiores riscos em termos de perdas da estrutura de muros já instalada. “São paredes fortes. A base já está bem estruturada. Na maioria dos locais, já estão com cinco metros de altura. Além disso, a ilha as protege da correnteza”, explicou.
O muro está sendo feito em decorrência do desbarrancamento que ocorreu durante a enchente de julho do ano passado, que intensificou danos já existentes. A obra iniciou no dia 29 de janeiro com a análise de solo.
Recentemente a Câmara de Vereadores aprovou desapropriações em áreas de risco em troca de permutas com terrenos no loteamento residencial popular Dona Rita. Enquanto a obra não recomeça e nem é concluída, a rua Campos Sales segue interditada das imediações do ponto de captação de água da Corsan aos fundos da Brigada Militar.