A engenheira Nívia Fuchs que coordenou a elaboração do novo Plano Diretor entre 2017 e 2020, apresentou seu posicionamento técnico em cima de apontamentos feitos por moradores do Morro da Ventania e comentários dos atuais gestores.
Nívia não é contrária a reivindicação dos moradores, mas esclarece que o Plano Diretor prospecta questões macro para o futuro, nomenclaturas de vias, arborização e o novo cadastro imobiliário, e não microzonas. Quanto à manifestação de atuais gestores, entende que se trata de uma desconstrução política.
Segundo ela, durante a elaboração do novo Plano Diretor, de Mobilidade Urbana e de Saneamento Básico, foram feitas 14 audiências públicas, além do recebimento de sugestões por e-mail e conversas com profissionais e empresários de diversos setores que vão ao balcão da prefeitura, e reuniões com Associação de Profissionais e Empresas da Construção Civil, Setor Imobiliário e Afins de Arroio do Meio (Apreciam), entre outras entidades representativas e sociais, como Codeman, Copladam e Conar, e Câmara de Vereadores. “Não foi aprovado às pressas, sem muito diálogo e discussões com a comunidade, como declarado por alguns governistas recentemente na imprensa”, declara.
Conforme Nívia, os estudos foram conduzidos pela própria equipe da Secretaria do Planejamento e não foram terceirizados, para justamente contemplar questões culturais, históricas, mas pensando em questões futuras. “Os três projetos são integrados e propõem critérios futuros para o município. Não há como se ater a nomenclaturas ou questões pontuais de microrregiões. É como o Mato dos Wünsch ou outros apelidos, ou o antigo nome de Porto Alegre, Porto dos Casais”, explica.
Na visão de Nívia, o Plano Diretor não conflita com a preservação da história, que são coisas distintas.