O primeiro ano de pandemia foi atípico em todos os sentidos. A ‘calmaria’ foi tanta, que nos deu a impressão de que o mundo parou para protocolos sanitários. Por mais que parte da sociedade buscou se envolver com projetos e ocupações que não demandassem de um convívio social ‘exagerado’, num primeiro instante, para focar em coisas saudáveis e ‘politicamente corretas’, aos poucos o fluxo normal da vida volta. É mais forte que o ser humano. Como as aves migratórias.
Essa pausa tirou um pouco a ‘perspicácia’ e ‘perícia’ em muitos aspectos.
O número de acidentes graves nas últimas semanas, entre outros ‘ossos do ofício’ e situações bem dramáticas, nos expõe essa linha tênue de forma um pouco mais clara.
Antes da pandemia, havia maior banalização do caos. Estas novas evidências nos dão a chance de novas interpretações em torno do excesso de autoconfiança e o desperdício de energia com futilidades e ‘várzeas’, especialmente para quem sabe o que quer, como pode e vai conseguir.
OS JOVENS E A TERCEIRA ONDA – Algumas autoridades já mostravam preocupação com os ‘sinais’ da nova onda do covid há cerca de dois meses. Apesar do aumento da população imunizada, a quantidade de pessoas levando uma rotina social como se não houvesse pandemia, principalmente os jovens, chamava a atenção de políticos e gestores de saúde das mais variadas autarquias. Eles alertam para necessidade de mantimento de cuidados. Não deve ser fácil estar na pele desses jovens.
UTI X ASFALTAMENTOS – Os 11 vereadores de Arroio do Meio, que na noite de quarta-feira, receberam a prestação de contas da Comissão Pro-UTI do Hospital São José, que terá investimentos superiores a R$ 5 milhões (até momento recebeu R$ 1,9 milhão) tem que ter em mente um raciocínio muito básico: “não se constrói UTI com asfaltos”. Depois de pronta, manter a estrutura operacional com cerca de 60 profissionais muito qualificados também não vai sair barato e vai precisar de aporte público. Resumindo: para UTI ficar concluída e funcionar, alguns asfaltamentos correm risco de ficar pra depois.
Politicamente, a cobrança por asfaltamentos e UTI, pode se transformar numa faca de dois gumes. Daqui a três anos e cinco meses, as opções de cutelaria estarão mais claras, assim como quem estiver com a maior parte do queijo. Mais detalhes páginas 10 e 11.
AMVAT AVALIA RETORNO DO DESPORTO E EVENTOS SOCIAIS – A Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) realiza reunião virtual nesta sexta-feira, às 14h, em torno do novo sistema de monitoramento da covid-19 e a definição de protocolos regionais, e o operacionalidade do Comitê Técnico Regional. Uma das intensões é a liberação do desporto (jogos em quadras e similares) e realização de eventos infantis, sociais e de entretenimento, que já foi aprovada pelos prefeitos em assembleia virtual da associação na segunda-feira (17/05).
De acordo com a nova regra, sempre que o sistema de monitoramento da pandemia verificar tendência de piora na situação das regiões, serão adotadas medidas para a preservação da saúde. Trata-se da emissão de avisos (comunicação formal sobre a tendência de piora na situação), alertas para que sejam adotadas as medidas adequadas por parte dos municípios e região, e realização de ações com medidas a serem adotadas pelo Gabinete de Crise, em conjunto ou independente das que forem tomadas pela Região Covid, para enfrentamento da situação.
A reunião terá a participação do presidente da Assembleia Legislativa do RS, deputado Gabriel Souza.