Desde os primeiros anos escolares, aprendemos o que é ciência. A ciência é um conhecimento que se baseia em experiências comprovadas. Através de observações, pesquisas, análises, levando em conta várias hipóteses, são formuladas as leis e teorias com base em métodos seguros. Baseado neste conceito primário, a ciência é complexa, aberta a novas formulações e não é feita às pressas.
Nestes tempos de pandemia, a palavra ciência tem sido muito distorcida, banalizada e usada de forma irresponsável. Pessoas influentes da política (a exemplo da CPI da covid em andamento no Senado, que sequer tem capacidade de ouvir todos os lados), mídia, intelectuais e mesmo da academia têm feito uso indevido da ciência o que prejudica e atrasa ações no controle da pandemia. A pandemia com todas as trágicas consequências, perdas de vidas, infelizmente é cenário para ataques injustos, demonização de uns e outros ao ponto de atribuir as mortes ao presidente. Narrativas falsas usadas como estratégias de guerra na pandemia confundem e, se usadas de forma intencional ou não, prejudicam a todos.
O que se verificou desde o começo é que houve muitos prognósticos errados, subestimando a gravidade da doença inclusive por parte da Organização Mundial da Saúde. No Brasil, autoridades sanitárias, gestores públicos incluindo o presidente, governadores e prefeitos ao receberem do STF autonomia para conduzir as ações nem sempre acertaram. “A velha imprensa” como está sendo chamada, está perdendo credibilidade, porque partidarizou boa parte da cobertura de fatos, análises e notícias envolvendo a pandemia.
VACINAS – Com mais de 500 mil mortes registradas como decorrência do coronavirus e suas variantes, o Brasil continua avançando na imunização. Tem em torno de 25 milhões de pessoas totalmente vacinadas, o que representa aproximadamente 12% da população. Para o controle, o índice ainda é baixo se comparado a muitos estados e municípios menores, a exemplo de Arroio do Meio, que conforme matéria ao lado, está por atingir 50% da população alvo vacinada com uma dose.
Na compra de vacinas, um dos desafios do Brasil e de outros países do mundo é comprar imunizantes seguros. Entre as vacinas aplicadas no Brasil, têm registro definitivo, a Astrazeneca/Oxford, a Pfizer (BionTech) e aprovadas de forma emergencial a Coronavac (Buntantan) e Jansseen. Estão em análise, pela Anvisa a Covaxin (Bhant Biontech) e Sputnik (União Química). Ao contrário do que dizem alguns de que “vacina boa é vacina no braço”, ela tem que ser segura. E, não adianta fazer apenas uma dose. Tem que fazer as duas como recomendam os fabricantes.
Em relação à aplicação das vacinas ainda desconhecemos, por exemplo, o seu grau de eficácia, em relação ao tempo, às variantes ou porque algumas, como é o caso da Coronavac, não são aceitas em países da Europa.
De todo o modo, será a ciência que no decorrer dos próximos anos vai elucidar muitas dúvidas, inclusive em relação ao uso do tratamento precoce utilizado por muitos médicos para salvar e amenizar a infecção de pacientes.
Reformas administrativas abrem oportunidades
O deputado estadual Edson Brum (MDB) atualmente um importante aliado do governador Eduardo Leite, como titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, está otimista em relação aos investimentos anunciados recentemente pelo governador. Credita o novo momento do Rio Grande do Sul às reformas, iniciadas no Governo Sartori, e que teve continuidade neste governo com aval da atual composição na Assembleia Legislativa, mais reformista, mais comprometida com o futuro do Estado. Em visita ao jornal na semana passada, reforçou que 80 empresas gaúchas estão buscando recursos do Fundopen-RS e que a agilidade em licenciamentos permitiu que a JBS ampliasse a empresa em Bom Retiro do Sul, investimento que fará parte do total de R$ 1,7 bilhão no Estado. Recursos extraordinários vindos de privatizações e de bancos públicos como o BRDE e Badesul, vão contribuir e viabilizar a retomada econômica anunciada pelo governo de coalização que construiu uma base parlamentar, para garantir as reformas.
Mercado mais confiante
A perspectiva de crescimento próximo a 5% na economia em 2021, aliada ao aumento da confiança empresarial, atingiu segundo a Fundação Getúlio Vargas o maior nível desde março de 2014. Mais de um ano depois do início da pandemia, empresas começam a investir em projetos que estavam engavetados, o que significa abertura de oportunidades de trabalho. No primeiro quadrimestre foram geradas 957,9 mil vagas formais, já descontadas as demissões, segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Entre os setores mais otimistas está o do agronegócio impulsionado pelo preço das comodities. Entretanto a elevação dos preços de soja e milho também encareceram produtos como a proteína animal para o consumidor, o que preocupa, causando inflação.
Outro segmento que continua em alta é o da construção civil. Entre janeiro e abril foram abertas 135,1 mil vagas. Outras áreas que continuam sendo atraentes e com demanda são as da Tecnologia de Informação, em função da atividade digital. Mas muitas empresas buscam profissionais destas áreas em função de segurança e infraestrutura de informação. Para garantir seu fluxo e equilíbrio de caixa, a área financeira também é procurada porque, com a pandemia, as empresas passaram a ter maior controle de custos.