A eventual insatisfação gerada por invasões de Áreas de Preservação Ambiental (APPs), em propriedades privadas, para a prática de esportes de aventura motorizados (página 08), e outras iniciativas campistas, evidenciam que há nicho para novos empreendimentos de esporte e lazer ainda não explorados, que são feitos de maneira muito improvisada e insegura, e poderiam agregar mais emoção, expectadores e convívio social (até baladas). Existem áreas que hoje estão sendo arrendadas para agricultura, que poderiam ter essa finalidade e outras áreas em completo desuso. Só falta surgir uma luz que interligue a vontade dos entusiastas destas modalidades a buscarem um acordo comercial e de proteção ambiental com os proprietários destas áreas. O único caminho é a parceria. O mundo é grande e a vida é curta para discórdias.
REVIRAVOLTA NO COMBUSTÍVEL – Em meio à recordes de preços altos, novos anúncios de reajuste no combustível em âmbito nacional e dificuldades de postos familiares, os arroio-meenses, nesta semana, puderam acompanhar uma saudável guerra pelo menor preço do combustível, entre duas bandeiras mais populares. Além de arroio-meenses viajando Brasil a fora, em plena crise, para trazer ideias de inovações a comunidade. Me faz lembrar de uma lendária frase de um tradicional empresário do setor de fretes, que no século passado já defendia que a gasolina deveria custar R$ 10, para que tivesse menos gente ‘atrapalhando’ no trânsito. Mais cedo, ou mais tarde, a gasolina vai custar os sonhados R$ 10. O importante é se manter vivo para ter a honra de pagar esse preço e talvez ter a chance de dar um rolê num carro voador.
OTIMISMO COM NOVA PONTE – A intenção da construção da ponte entre Arroio do Meio e Colinas, anunciada na campanha eleitoral de 2020, sem dúvida ajudou o atual governo a se eleger. Pois chega um momento em que os novos sonhos são tão ou mais importantes que a eficiência em trabalho e gestão. É algo do ser humano. Essa nova ponte, se sair do papel, sem dúvida, suavizará efeitos negativos em torno de atrasos na duplicação.
CONFLITO LEGAL X SOCIAL – A apreensão de pescados num restaurante gerou bastante polêmica na sociedade local que, em parte, se sentiu agredida pelo rigor das autoridades com segmentos bastante afetados pela pandemia. Ocorre que, pela Legislação, estabelecimentos comerciais não podem servir alimentos sem ‘procedência’ – que nada mais é do que a certificação de origem e boas práticas de ‘industrialização’. Isso conflita com a bela iniciativa destes empreendedores, de valorizarem o entorno, que são os pescadores artesanais, que pela lei, só podem vender seus produtos para consumidores finais e não CNPJ. Talvez, com o funcionamento do abatedouro móvel de peixes, o município vai superar essa divergência de interpretações que é bastante tênue. Sabe-se também que nem todo pescador artesanal respeita a piracema – o que é grave e não malandragem. Já apreensões envolvendo outros tipos de alimentos e outros estabelecimentos também são interpretativas. É praticamente impossível estar na lei 100%. É só olharmos para os nossos defeitos e estender isso a outras iniciativas onde participam seres humanos.
FONTE DE ÁGUA VIVA E MORRO DA VENTANIA – Entre as 17h e 19h desta sexta-feira, a Igreja Pentecostal Fonte de Água Viva estará realizando a venda de pastéis e vale-refrigerante na rua Bela Vista, 1086. A ação tem como a finalidade a conclusão da construção de uma sede própria no bairro Novo Horizonte e regularização a questões imobiliárias e institucionais. Os vales com direito a dois pasteis e um refri estão sendo vendidos a R$ 16. A igreja tem como um dos líderes o pastor auxiliar João Edson Reis Aires, que na próxima quinzena irá lançar um documentário sobre o Morro da Ventania. A obra contou com a participação técnica do jornalista Fábio Alex Kuhn.