A quadra da rua Maurício Cardoso, entre as ruas Dr. João Carlos Machado e Gustavo Wienandts nunca mais será a mesma. Frequentadores do tradicional ‘Hotel Colonial’, revelam que o estabelecimento encerrou as atividades há cerca de três semanas e vai deixar saudades. O setor de tributação da prefeitura de Arroio do Meio, não confirmou a baixa do alvará.
No local inicialmente funcionou o churrascaria do ‘Schneidinha’ – de Aloísio (in memoriam) e esposa Lourdes e filho Celso Schneider. O ponto era muito bom, porque ficava no trajeto entre Arroio do Meio e Encantado antes da construção da ERS-130. A família que se tornou referência do segmento gastronômico na Região Metropolitana e Vale dos Sinos.
A churrascaria também teve como proprietários o vereador Norberto Rizzi, entre outras figuras emblemáticas da boemia arroio-meense. Nas últimas duas décadas vinha funcionando como pensão para trabalhadores que vinham de outros municípios e casa de entretenimento adulto.
Apesar do ponto consolidado, uma transição cultural de hábitos entre as gerações e a forma de gerenciar espaços de entretenimento, põe em cheque o futuro deste tipo de estabelecimento no Centro. Que vai ficar na saudade para muitos.
Familiares ligados a um atleta, não confirmam a compra do imóvel. Informações de bastidores dão conta de que pode haver investimentos imobiliários de maior porte no local. O imóvel pertence à família Meneghini.
MODO ‘VILÃO ADITIVADO’ – Nas vésperas da semana em que representantes do Executivo e Legislativo de Arroio do Meio viajaram para Brasília em busca de emendas parlamentares, o presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Roberto Heck (MDB), precisou recorrer a medidas jurídicas para cobrar respostas de pedidos de informações. Segundo Heck, alguns pedidos feitos pela bancada de oposição sobre detalhes de contratos, manutenção da frota, despachos nas secretarias de Agricultura, Obras e subprefeituras e o funcionamento do Susaf-RS, foram feitos no primeiro semestre de 2022.
Pela Lei Orgânica, o Executivo tem prazo de 15 dias para dar respostas ao Legislativo, podendo ser prorrogado por mais 15 dias. “Tivemos que enviar um ofício à Promotoria Pública, pois senão a própria Câmara pode ser responsabilizada como omissa. As poucas respostas que recebemos foram incompletas ou fora de contexto. Pedidos de informações são corriqueiros. Quando eu fui secretário de Obras também tive que responder. Me surpreendem as alegações de que não sabiam de nada, sendo que os pedidos são protocolados diretamente no gabinete do Executivo”, afirmou Heck.
Apesar do ofício enviado ao MP, a viagem do presidente da Câmara, com os vereadores José Elton Lorscheiter (PP), Alessandra Brod (PP), Rodrigo Kreutz (MDB) e o prefeito Danilo José Bruxel (PP), foi bastante produtiva. Entre os gabinetes visitados, reuniões com os senadores Luiz Carlos Heinze (PP) e Hamilton Mourão (PL), e deputados Danrlei de Deus Hinterholz, e Alceu Moreira (MDB). Kreutz, foi o único gremista da comitiva arroio-meense.
DIFICULDADES NA CRIAÇÃO DE NOVOS PARTIDOS – A regularização de novos partidos para aumentar o tempo de propaganda eleitoral ou criar uma terceira via em Arroio do Meio, ainda não foram descartadas. Com tudo, o trânsito e território em algumas siglas em âmbito estadual, têm caciques locais, o que exige manobras criativas para ‘limpar trilhos’.
RANKING DAS MAIORES EMPRESAS – Chamou atenção de analistas tributários, o fato das empresas do Grupo Bio, que chegaram à 6ª colocação no ranking do ano passado, não figurarem entre as maiores neste ano (página 03). De acordo com o secretário da Fazenda, Valdecir Leandro Crecêncio, o Grupo Bio, descentralizou os centros de distribuição, e passou a tributar as notas de venda no Ceará e Interior do São Paulo. Apesar da perca de arrecadação, a empresa que nunca barganhou incentivos em Arroio do Meio, é bem vista pelas parcerias em diversas iniciativas de desenvolvimento sócio, econômico e cultural no município.
DRAGAGEM E PESCA PREDATÓRIA – Proprietários de embarcações e agricultores com áreas em várzeas, cobram políticas públicas para dragagem do rio Taquari. Eles relatam que devido a quantidade de cascalhos no rio Taquari, do balneário no bairro Navegantes em direção a Palmas, as embarcações não sobem o rio e também facilitam o alagamento. O excesso de cascalhos também dificulta uma fiscalização ambiental por dentro do rio. Segundo pescadores, algumas pessoas aproveitam o verão para fazer pesca com redes que é proibida durante a piracema, em que só é permitida a pesca com anzol. “Estão fechando todos os poços. As linhas estão trancando em redes, mesmo em poços onde o sonar marca 40m de profundidade”, revelou um pescador que não quis se identificar.