Esta semana é uma semana muito especial e diferente. E todo ano é assim. Nos faz refletir sobre colocar-se no lugar daquele que sofreu por nós para mostrar que existe superação, luz, paz, esperança e tantos outros valores bons embasados no amor. A grande lição da Páscoa: amor.
Vivemos em sociedade e na ideia permeada por todos credos, ideologias, religiões de que nos ajudemos sempre, cresçamos juntos e evoluamos o tempo todo. Como é saudável compartilhar ideias boas, trocar experiências e viver junto. Somos forjados pelas experiências com os outros e pelos ensinamentos dos outros.
Um lugar e palco perfeito para vivências importantes e saudáveis entre pessoas é a escola. O lugar mais seguro, inclusive, deve, ser a escola! Ou deveria ser. Mas e por que não está sendo?
Em quatro anos, foram 6 ataques violentos a escolas no Brasil, resultando em 17 pessoas mortas. O caso emblemático e que causa arrepios até hoje, foi o caso da escola pública em Suzano, São Paulo; que ceifou a vida de 10 pessoas. Não coloquei nessa conta horrível o último caso e que serve para a triste notícia desse texto reflexivo: a brutal morte da professora Ana Célia, em São Paulo, há alguns dias.
Imagina a cena: um aluno, pelas costas, esfaqueia a professora, com golpes brutais, tirando a sua vida. Toda uma escola vive a partir daquele instante, até os dias de hoje, cenas de terror. Jamais a comunidade escolar esquecerá a brutalidade e frieza do que viu naquele dia.
Preciso perguntar e numa roda de mesa façamos essa reflexão, aliás, já vão somar-se à reflexão principal outras perguntas interesseiras: por que isso acontece num lugar que deveria justamente ser o lugar mais seguro de uma sociedade? O que está acontecendo? Por que tanta violência?
Ao esboçar um ‘não’ ou impor disciplina e autoridade (não confundir com autoritarismo) o professor merece ter sua vida ceifada? Que crime ele comete ao querer dar uma aula da melhor maneira possível, pautado no que aprendeu e nos objetivos que tem para sua matéria e no que quer que os alunos aprendam para se desenvolverem como pessoas integrais? Aluno tem o direito de ser violento e desrespeitoso dentro da escola?
Algo está acontecendo como um todo, em se tratando de violência. Os ânimos estão à flor da pele e o jeito de resolver os problemas e as frustrações é se valendo da violência e, por vezes, as consequências são desastrosas, tristes e até fatais. Estamos vendo isso nos campos, nas ruas e como tentei demonstrar nesse texto: nas escolas.
Refletir é pensar para mudar. O tempo da Páscoa é para isso. Caros leitores, boa Páscoa para todos! Sente-se junto aos seus e converse. Temos que entender que resolver os problemas com violência NUNCA é a solução!