“É preciso ser digital sempre que possível. Temos muita inteligência artificial disponível que pode ajudar nos negócios.” A afirmação é da diretora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Etiene Azambuja, que palestrou para empresários e lojistas em Arroio do Meio na manhã de quinta-feira, dia 25, na sede da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Arroio do Meio (Acisam). No evento, ‘Café.com – Saboreando Companheirismo e Conhecimento’, com promoção da Câmara de Dirigentes Lojistas, ela compartilhou experiências que teve em janeiro no evento NRF, considerado como o maior evento de varejo do mundo, em New York nos Estados Unidos, além de trazer cases de sucesso quando o assunto é inovação e inteligência artificial.
O objetivo principal da conferência anual é o de representar o setor e defender as pessoas, políticas e ideias do varejo, além de criar um ambiente para negócios e relacionamento. Nos últimos anos, abordou temas de grande importância para o mercado, como digitalização dos negócios, avanço do e-commerce, costumer experience (experiência do cliente), omnichannel, entre outros temas de inovação e tecnologia.
Durante os três dias de evento em solo norte-americano, Etiene destacou que houve a presença de cerca de mil expositores e visitas técnicas. Neste ano, o foco foi nas pessoas e como utilizar as ferramentas disponíveis do mundo digital para atrair mais clientes, incrementar os negócios.
“Os negócios que abrirem, a partir de agora, precisam ser digitais desde o início. Pesquisas mostram que 64% das pessoas entre 10 e 25 anos confiam no que está na internet e apenas 38% só compra em loja física. Temos muita inteligência artificial para investir nisso atualmente, temos que experimentar e pensar nas técnicas. A partir das informações que temos, podemos inovar por esse caminho. O processo de compra do cliente precisa ser tão prático na loja quanto nas vendas por e-commerce. Portanto, toda a tecnologia que vier precisa facilitar.”
A dica de Etiene é agregar o novo ao que já se tem por meio das tecnologias, para assim, proporcionar experiências únicas e personalizadas para os consumidores. “Precisamos ter mais agilidade e diferenciais, pois as pessoas já não esperam mais durante o atendimento. Necessitamos combinar o que há de bom do físico com o digital para construir um varejo que entretenha. Isso cria conexão da personalidade do cliente com a do produto.”
Ela ainda citou que as mudanças são necessárias, em função das novas gerações que chegam. “Os jovens de hoje em dia possuem fluidez de gênero, no trabalho e na forma de consumir. Eles querem participar e serem ouvidos. A gente os fideliza de outra forma quando comparadas com as do passado. Quanto mais espaço dermos a eles, maios a possibilidade de os ter na equipe ou como clientes. Por isso, as mudanças e investimento na inovação e tecnologia são fundamentais. Conexões são necessárias para que possamos ir em frente.”
EXEMPLOS DE INOVAÇÃO
Durante a visita de Etiene na feira, ela pode ter contato com empresas internacionais que apresentaram inovações por meio da inteligência artificial que deu certo. Entre elas a M&M’s de chocolates que possibilita que o cliente tenha o produto personalizado com a impressão de seu nome e as palavras que desejar no doce. “Imagina, eu comi um M&M’s com o meu nome escrito, é uma grande inovação e diferencial.”
Outo exemplo citado por ela, foi a de uma empresa de sorvetes que possibilita que o cliente acompanhe o processo de fabricação e ‘pegue’ as bolas com um porte lançadas no ar como se fosse um jogo de baseball. Além disso, a famosa empresa de cafés dos Estados Unidos ‘Starbucks’ trouxe ao cliente mudanças em cores do logotipo por um período, pois estão acostumados com a cor verde e uma figura feminina com coroa como marca registrada.