Com dívidas em torno de R$ 1,1 bilhão de reais, a crise na Languiru e seus impactos em toda a cadeia produtiva envolvendo grande contingente de associados e funcionários está longe de ter um fim e afeta vários municípios da região tanto no aspecto econômico, quanto de confiança e credibilidade. No último sábado a atual direção, presidida por Paulo Birck, anunciou mudanças e reestruturação urgente que envolve continuação de venda de farmácias, mercados, agrocenteres, unidades industriais e redução e paralisação do setor de suínos. Segundo o presidente, “é preciso encolher para depois crescer”. O frigorífico de Poço das Antas instalado há pouco mais de 10 anos naquele município vinha até o ano passado abatendo em média 1,7 mil suínos por dia. Com a crise deverá paralisar o abate e ser fechado até o dia 12 de julho, conforme anunciado no sábado. A expectativa é de que até lá possa ser vendido. Muitos produtores já estão migrando para outras integradoras como mostra matéria nesta edição. É a saída para os criadores de suínos que fizeram altos investimentos. Eles não querem deixar as instalações ociosas e honrar compromissos financeiros.
Vânia Brackman, prefeita de Poço das Antas disse em entrevista esta semana na Independente que estuda decretar situação de emergência, em termos parecidos com uma estiagem.
A expectativa é de que os impactos sejam minimizados, mas é certo que sem socorro de dinheiro público, renegociação das dívidas e reestruturação para avaliar o tamanho possível dos negócios envolvidos, os mais prejudicados serão associados, fornecedores e funcionários.
Renegociação da dívida
A visita do presidente da Venezuela Nicolas Maduro ao Brasil rendeu muitas críticas por parte de diferentes setores da sociedade. Uma pelo fato do ditador ter sido recebido com honras e outra por ter sido encaminhada a renegociação das dívidas que a Venezuela tem com o Brasil, conforme confirmado pelo ministro Haddad. A dívida segundo divulgado por algumas fontes é de R$ 3,3 bilhões e deverá ser renegociada via BNDES. Não é a primeira vez que Lula assume posição de proteção a países “amigos e companheiros” que ele considera vítimas, como é o caso de Cuba do imperialismo americano. Ele voltou a defender a criação de uma moeda única para ter menos dependência do dólar americano em negociações entre países da China, Rússia, África do Sul, Índia e Brasil. Também defendeu a criação de uma poupança via BNDES para socorrer os que estão com dificuldades como a própria Venezuela e Argentina. Fico pensando: com tantas empresas e brasileiros passando por dificuldades, como é o caso da própria Languiru, o nosso presidente fazendo política de socorro como se não tivéssemos necessidades internas de investimentos e apoio aos setores produtivos. Lembro que durante a campanha ouvi Lula enaltecer as cooperativas. “Vamos encher o Brasil de cooperativas”, disse num dos seus discursos de campanha. Agora, presidente, elas precisam de socorro. Elas precisam ser vistas como verdadeiras fomentadoras de desenvolvimento social e econômico.
AGRESSÃO – A Globo que tem se mostrado alinhada com Lula, criticou a visita do ditador e o modo amigo como foi recebido e divulgou a agressão feita à jornalista Delis Ortiz, (um soco no peito) por um segurança de Maduro, quando se posicionou para fazer seu trabalho.