Penso que todos nós já ouvimos a velha expressão do “Diga-me com quem andas que te digo quem tu és”. De fato, as companhias dizem muito de quem somos. Escolhemos quem queremos ter ao nosso lado e são essas amizades que podem nos acrescentar ou não algo na vida. Você não vai querer ficar ao lado de uma pessoa que só te traz energia negativa e não acrescenta em nada na sua vida.
A expressão com que iniciei me veio à mente depois da visita de ‘Maduro’, há alguns dias, presidente da Venezuela, ao Brasil. Foi recebido com honras e pompas pelo governo federal. Juro, que não gostei e não entendi (talvez ainda eu possa mudar de opinião). Mas, respeito quem entendeu. Neste momento, de dificuldades por que o país passa, fosse eu presidente, atrairia países que querem investir, trazer empregos, fazer bons acordos unilaterais e mostrar a nós democracias fortes e solidificadas. Precisamos de exemplos positivos.
A interpretação, em sua grande maioria, que isso gerou, foi um desrespeito à democracia, e aplausos a um país que maltratou os venezuelanos, obrigando-os a saírem de sua terra natal. O governo de Maduro é acusado de crimes que afrontam a humanidade.
O nome já diz também, ele é um ditador, ou seja, o nosso presidente sinalizou algo negativo à comunidade e à comunidade internacional, já que é um chefe que reúne de uma forma autoritária e tirana o seu poder. Não dá voz aos seus e é acusado com provas de terrorismo, crimes humanitários e corrupção, dentre outros. Podemos celebrar isso?
Temos o conhecimento de como a imprensa deve agir lá, nos mostrando que se não o fizerem assim são perseguidos. Queremos copiar esse modelo para cá? De novo, o exemplo e talvez, melhor dizendo, o afago e os elogios foram demasiados a Nicolás Maduro.
Estender tantos louros a Maduro foi dividir novamente um país que já ficou dividido na última eleição e, se, em vários países é proibido entrar e ainda responde a crimes nos Estados Unidos, somos nós que temos que recebê-lo com tantas pompas?
A partir do tema ‘companhias’ podemos fazer várias metáforas, como àquela que nos remete a observar com quem os filhos trocam ideias, saem, pois isso revela o que os pares pensam e como agem. Um mau elemento pode influenciar os outros, mesmo que esse outro seja alguém próximo da gente e seja ingênuo. Nunca duvide do poder da persuasão de alguém, muito menos de um ditador!
Um abraço especial a querida e perspicaz Sidônia Steiger, vó do Gilsomaro, de Travesseiro.