Li, com muita alegria, uma reportagem bem leve, no nosso jornal AT, de algumas semanas atrás sobre a história de uma menina, que mora em Rui Barbosa, de uma família inclusive conhecida e muito querida. Essa menina fez a réplica do jornal para suas bonecas brincarem e, além disso, contava o quão criativa era nas suas brincadeiras. A menina vive muito bem a sua infância: brincando. E, suas brincadeiras também continham um elemento interessante: a criatividade.
Leitor, pode ter certeza, essa criatividade dessa linda menina é aguçada pelas brincadeiras infantis das quais seus familiares não abrem mão. Basta, você, professor, pai, mãe, ler alguns artigos para descobrir que as telas tiraram muito da criatividade, da inteligência, da paciência, das habilidades sociais e cognitivas das nossas crianças, dentre outros malefícios.
O ato de brincar deve fazer parte do dia a dia das crianças, sem o digital. Sabe aquela brincadeira livre?! Pois é, essa mesmo! Lembra, pais, das suas brincadeiras, como as de construir e vestir bonecas, do esconde-esconde, do futebol, do balanço, do quebra-cabeça, dos carrinhos no barro…. essas mesmo, as mais simples possíveis.
A brincadeira estimula por completo, ou melhor, de maneira integral, o desenvolvimento da criança. São significativas as aprendizagens nesse período que, para alguns, não é nada ou tão simples. Mas acredite, brincar é a linguagem da infância! E de preferência ao ar livre durante muito tempo. É nesse tempo que ela constrói habilidades, é autônoma. E, se for com mais crianças, precisa negociar, e brincar em equipe. São nessas horas que conseguimos perceber dificuldades, interesses e habilidades dos nossos pequenos.
O ato de brincar faz a criança sair das quatro paredes e detrás do mundo digital que a torna apática, facilmente manipulável e sem um completo desenvolvimento motor, cognitivo e social. Imprescindível falar que há coisas fantásticas nas telas digitais, mas o que precisa ficar claro é o brincar livre também. O equilíbrio sempre é a melhor receita.
Toda criança tem um mundo que é todo dela e ela se entende nesse ‘mundinho’. A partir das brincadeiras ela se apropria da realidade e vai crescendo em todos os sentidos. Nos momentos de brincadeiras que memórias afetivas são construídas, especialmente junto à família.
Já parou para pensar que o mundo digital isola e individualiza?! Não queremos crianças assim! Não deixe isso acontecer. Eles terão muito tempo para jogar no tablet, para pesquisar no celular, para brincar no digital e usar as redes sociais. Para que também torná-los adultos antes da hora?
Lembre, o brincar é insubstituível!
Um abraço à família Teloken, de Forqueta, leitores da minha coluna.