A unidades de saúde de Arroio do Meio ainda disponibilizam a vacina da gripe. De acordo com o secretário de Saúde, Gustavo Kasper, até o momento foram aplicadas 4.981 doses sendo que o número do público-alvo é de 8.906 pessoas.
Até o momento, a cobertura vacinal está em 56%. Kasper ressalta que, apesar da cobertura baixa no município, os percentuais estão acima da média da região e do Estado. “É uma realidade pós pandemia. Fizemos diversas ações, como buscas ativas, dias e horários especiais, mas o interesse da população foi muito atingido pelos boatos, sobre as vacinas da Covid”, cita. A vacina é aplicada de forma gratuita e é preciso estar munido de carteira de identidade e de vacinação.
Conforme informações do Governo do Estado, até o momento, já foram registradas no Rio Grande do Sul, este ano, 526 casos de pessoas que pessoas que precisaram se hospitalizar por um quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causado pela influenza. Desses, 38% foram em idosos (199 casos) e 20% em crianças menores de quatro anos (110 casos). Foram 39 óbitos já confirmados, dos quais 23 (ou 59%) foram em idosos.
A vacina trivalente contra o vírus influenza continua sendo a melhor alternativa para evitar formas graves da infecção. Popularmente conhecida como ‘vacina da gripe’, o imunizante contém anticorpos que estimulam a proteção a três cepas principais: A-H1N1, A-H2N3 e B.
Como neste ano a cepa predominante é a H1N1 – a mesma que originou a epidemia de gripe em 2009 – o temor é que, com poucas pessoas vacinadas, a tendência seja de altos números de infecções e agravamentos da doença. “A cepa H1N1 historicamente causa mais prejuízos à saúde em comparação aos outros subtipos de influenza. A vacina é disponibilizada antes do inverno justamente para garantir que as pessoas estejam imunizadas quando entrarem em contato com o vírus este ano”, explica a enfermeira do Núcleo de Doenças Respiratórias do Centro Estadual de Vigilância Sanitária (Cevs), Letícia Martins.