Na terça-feira, dia 1º, o tribunal do Júri da Comarca de Arroio do Meio absolveu o réu Roberto Westenhofen de 26 anos. Segundo a denúncia do Ministério Público, Westenhofen foi acusado de tentar matar com tiro o autônomo Cristiano Quadros da Silva em 29 de janeiro de 2016, no loteamento Glória, em Bela Vista, após Silva tentar interferir em um desentendimento de Westenhofen com sua companheira. A acusação foi da promotora de Justiça, Carla Pereira Rêgo Flores Soares, a defesa de Leandro Toson Caser e Caroline Benini Magagnin e os trabalhos foram presididos pelo juiz João Regert.
O réu relatou que no momento em que houve a discussão com a mulher, Silva teria visto e veio em sua direção, pelo fato de estar nas proximidades. “Cristiano e um outro rapaz vieram correndo e gritavam, eu disse para eles pararem. Como eu tinha um revólver para proteção, eu saquei e eles saíram correndo. Dei um tiro para cima para me proteger. Fiquei com medo de ser agredido, pois eu estava sozinho. Eu não tive a intenção de matar”.
A promotora de justiça seguiu a tese de acusação de que houve uma tentativa de homicídio simples. “Roberto deu um tiro e não acertou, mas não disparou o restante, pois as vítimas correram e dobraram a esquina. Assim, não haveria mais alvos para os disparos. A arma foi apontada na direção deles, mas não foram atingidos. Ele não continuou a atirar, porque não encontrou mais as pessoas.”
O advogado Leandro Caser afirmou que não havia provas suficientes para a condenação do réu, por isso solicitou a absolvição. Ele utilizou o princípio jurídico do ‘In Dubio Pro Reo’ que significa que ‘se a prova não é cabal ou há dúvidas, o réu deve ser absolvido’. Conforme Caser, houve, apenas, um disparo de arma de fogo em via pública e não uma tentativa de homicídio. “Para configurar a tentativa, o Roberto teria que proceder, mas ele desistiu de dar sequência nos tiros. Se Roberto quisesse tentar ou matar alguém, ele teria. E como já apresentamos, testemunhas disseram que ouviram só um tiro e que foi dado em ângulo alto, acima das vítimas.”
Ainda de acordo com o que foi relatado no salão do Tribunal do Júri, Westenhofen e Silva já teriam se encontrado e se entenderam de forma amigável sobre o assunto. Ainda houve depoimentos de testemunhas e de Silva no julgamento.