Uso do celular em sala de aula deve ser restrito ou livre? A polêmica não é nova. Evoluiu bastante o conceito de que a ferramenta é útil para a educação, o que se evidenciou a partir da pandemia, quando por um bom período as aulas tiveram que ser online e pelo uso da tecnologia. Paralelamente cresce a preocupação e o número de países que estão proibindo ou limitando o uso em sala de aula. Recentemente a Holanda e Finlândia, anunciaram a proibição. Países como o Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Guiné, México, Portugal, Suíça, Uzbequistão, Escócia, Bangladesch, também tem limite ou proibição do uso em sala de aula. O Relatório Global de Monitoramento da Educação 2023 da Unesco intitulado “A Tecnologia na Educação, uma Ferramenta a Serviço de Quem? “, reúne evidências em pesquisas do mundo todo que expõe que o uso em sala de aula, distrai os alunos com conteúdos não relacionados, fazendo com que levem pelo menos 20 minutos até se concentrarem no que estavam aprendendo. Segundo o texto deve haver “clareza sobre o papel que estas novas tecnologias desempenham na aprendizagem e que os alunos devem entender como viver com, ou sem a tecnologia”. O relatório alerta para uso prolongado de telas para crianças com consequências para a alimentação, saúde mental, ocular e sono.
Projeto na Câmara
No Brasil não há uma lei específica que proíba o uso de celulares. A maioria das escolas particulares tem regras e orientações próprias para o uso em sala de aula ou em casa.
Já para estabelecer regras gerais, tramita na Câmara um projeto de autoria do deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), desde 2015, pelo qual o uso em sala de aula só seria permitido a atividades estritamente pedagógicas e com autorização dos professores. É uma matéria importante e deveria de fato ter andamento, até para dar autoridade e amparo a professores, quando o uso é indevido e prejudica o aprendizado.
São 617 jovens em atividades extracurriculares
Em Arroio do Meio esta percepção de necessidade de limitar o uso de celulares avança bem, em atividades extracurriculares, como apura a reportagem de Leonardo Lange Barth, publicada nas páginas 4 e 5 do Cotidiano. São 617 jovens (12 a 18 anos) envolvidos em atividades esportivas, musicais ou culturais.
Projeto de arborização
O movimento Mais Árvores, Arroio do Meio, liderado pelo engenheiro Vianey Halmenschlager, que começou com a criação de um grupo de watts, e que almeja a criação e execução de um Projeto de Arborização na área urbana para os próximos anos, vai passar necessariamente pela Secretaria do Meio Ambiente. Além da agenda que envolve o projeto temático e cultural do Gaúcho e outras do dia a dia, as crescentes demandas ampliam a necessidade de maior estruturação do setor com equipe técnica e recursos, que terão que ser previstos no Orçamento de 2024. O assunto certamente será pauta para o Legislativo e poderá integrar o Programa de Governo para os próximos anos.
Efetividade governamental
O Brasil gasta 13,2% do PIB em funcionalismo público, bem acima de países como a Alemanha. Tem se falado muito na necessidade de Reforma Administrativa, mas a tarefa é espinhosa porque mexe em privilégios. O grande buraco é que a efetividade governamental é muito baixa. De acordo com o Banco Mundial, o Brasil ocupa a 122ª posição, atrás de países como o Peru e Senegal.
E pensar que praticamente todas as agendas do governo este ano, até agora foram para o crescimento da máquina pública. Distribuição de dinheiro para diferentes setores, aumento de cargos e furo do teto de gastos. Mas tem que ser dito que em alguns setores públicos há falta de pessoal.