A flor de cerejeira chama atenção pela beleza, leveza e charme. Popular na época do inverno, em Arroio do Meio ela pode ser vista em residências no Centro e no Bairro Bela Vista. Por serem originária da Ásia, trazem um ar oriental ao ambiente em que estão. Conforme explica a bióloga Patrícia Aguiar, a espécie que há no município é chamada de cerejeira japonesa (Prunus campanulata) e é a mais conhecida no Brasil.
“Foi tipo que mais ganhou o coração das pessoas. De beleza incomparável, as flores são o grande charme e são usadas também para fazer chás. O fruto não é comestível. A curiosidade é que a árvore passa por transformação ao longo do ano, pois as folhas mudam de cor a cada estação. Impossível ver uma cerejeira e não ficar encantado com a planta e suas cores! Para mim uma planta que lembra a infância, pois morávamos em uma casa cercada por estas árvores.”
A cerejeira japonesa é uma árvore ornamental, decídua de médio porte e floração decorativa na cor rosa. Na América Latina, a árvore perde todas as folhas entre maio e junho. A partir de julho, começa a florescer e fica por um período. Também por esse motivo, a árvore é conhecida por anunciar que a primavera está próxima. Patrícia explica que a planta presente em Arroio do Meio pode também ser chamada de outros nomes como Sakura, Cerejeira, Cerejeira-Ornamental, Cerejeira-do-Japão, Cerejeira-de-Okinawa.
Patrícia ainda lembra que, pela perfeição, a cerejeira japonesa é frequentemente usada por paisagistas. Já foi considerada uma das flores mais belas, tanto pelo seu formato como pela delicadeza e espessura das suas pétalas. “Além de embelezar as paisagens, ajuda muito o meio ambiente. Esse tipo de cerejeira atrai muitas abelhas, insetos que fazem a polinização de outras plantas, o que contribui na formação de frutos”, cita.
CEREJA DO RIO GRANDE
Assim como a cerejeira japonesa, há cerca de outras 200 no Brasil. Entre elas, outra que é muito conhecida na região e no país é a Cereja do Rio Grande (Eugenia involucrata). É uma árvore nativa brasileira, frutífera e ornamental, bastante popular nos quintais e pomares do Sul e Sudeste do Brasil. Uma planta que se destaca pelo tronco elegante e copa decídua, que marca as estações e ainda fornece frutos comestíveis que são saborosos, doces e levemente ácidos, com polpa carnosa e suculenta.
Podem ser consumidos in natura ou na forma de compotas, geleias, sorvetes, vinhos, licores, etc. Também pode ser plantada em vasos. A queda dos frutos produz um certo lixo e mancha calçadas e carros, por este motivo, deve se evitar seu uso em áreas de estacionamento. É uma planta de grande potencial medicinal. As flores são solitárias e brancas.