Interessantíssimo essa pesquisa, na Suécia, que diz respeito à tecnologia e educação. Este país já vem num processo de digitalização da Educação, há muito tempo, por volta dos anos 2000. Isso significa que por lá todos os estudantes já tinham notebook consigo em sala de aula, há algum tempo, e o que pensamos hoje, aqui, por lá, já era realidade. Qual não foi a surpresa, ano passado? Agora, ao invés de um computador, os alunos terão um livro impresso.
Podemos chamar isso de retrocesso digital, como até apontam alguns artigos? Eu diria que não, apenas um reposicionamento de estratégia educacional. E isso se consegue com dados, pesquisas, reflexões, ouvir quem está no ‘chão da escola’, provas externas. Às vezes é o que falta no nosso estado e país: pensar a Educação e ter uma estratégia clara, baseada em dados e pessoas entendidas no assunto pensando nos nossos alunos. Entregar um computador para o aluno e achar que dessa forma está se avançando na Educação não é o correto; até porque muitos estudos que vêm, inclusive, da área da saúde apontam para o uso cada vez menor dos alunos para as telas por comprometer o desenvolvimento cognitivo, prejudicar o sono, dentre outros.
Inegável, que a tecnologia agrega e se bem usada, traz benefícios para a sala de aula. Da mesma forma, o folhear e localizar informações nos livros reforça a concentração e faz com que memorizem mais facilmente.
Importante também o escrever, pois a caligrafia é uma forma de coordenação motora, de concentrar-se e de pensar o que vai escrever. Nas telas os olhos passam muito ligeiro, a informação não é absorvida de forma a se fixar no cérebro.
Os pais também foram questionados em terras suecas e colaboraram por citar que, com o uso das telas também em salas de aulas, os filhos ficavam muito tempo nas telas e que também não conseguiam mais ajudá-los, já que a tecnologia exigia deles um conhecimento que não tinham.
Por fim , achei bem pertinente o que uma pedagoga falou que não havia sido provado que só o computador poderia ensinar; todos foram ‘atrás’, mas, não havia evidências e, hoje, já se sabe que tem que haver o equilíbrio entre computador e o impresso, como exemplos, o livro e o computador.