Espírito guerreiro e cultura de trabalho Um dos aspectos que merece ser evidenciado e valorizado é que tem muita gente que está enfrentando esta calamidade pública que ainda será sentida por muito tempo com muita coragem, resiliência, força de vontade, otimismo e esperança. Ao invés de lamentar tocam o barco, sem mesmo esperar que os governos resolvam tudo ou parte da calamidade. São famílias, pessoas individuais, pequenos a grandes empreen[1]dedores, agricultores, produtores… Mas tem que ser dito: os governos precisam sim ajudar. O trabalhador, as empresas contribuem anos e anos com altos impostos, que evidentemente não são para pagar viagens luxuosas, cargos para amigos, jantares luxuosos e tantos benefícios a mais, como emprestar para países “amigos”, sem garantia de retorno.
MAIS DE 90% DAS EMPRESAS ATINGIDAS Levantamento feito entre os dias 18 a 22 de setembro nos municípios de Arroio do Meio, Bom Retiro do Sul, Colinas, Cruzeiros do Sul, Encantado, Estrela, Lajeado, Muçum, Roca Sales, Taquari e Venâncio Aires, apurou que pelo menos 93% das empresas (do total de pesquisadas) destes municípios foram atingidas pelo ciclone extratropical e inundações. O estudo foi feito pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico em parceria com a Junta Comercial do Rio Grande do Sul e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RRS) que fez o diagnóstico em 1.301 empresas. Pela pesquisa, os setores mais atingidos foram o comércio (43%); serviços (43%) e indústria (14%). Porém os maiores prejuízos, em termos de dinheiro, foram na indústria. Entre as empresas que responderam a pesquisa, as perdas foram de R$ 420 milhões e 75% delas não tinham nenhum seguro. Estes dados gerais foram divulgados pelo jornal do Comércio ainda na semana passada.
Em Arroio do Meio, perdas de R$ 35 milhões entre os pesquisados. Neste mesmo levantamento por município, lembrando que nem todas as empresas responderam ao questionário, incluindo grandes como a Minuano, BRF e Dália Alimentos, que não estão incluídas no cadastro, a estimativa de perdas chega próximo a R$ 35 milhões como pode ser observado nos gráficos enviados pela CDL, que junto com a Acisam colaborou com a pesquisa, nas páginas 10 e 11. Um dado que chama atenção é que no setor de serviços que fomenta bastante nossa economia local, houve maiores perdas, com R$ 17,8 milhões. Nas empresas classificadas como de Pequeno Porte (EPP) que tem um faturamento anual entre R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões, 69 empreendimentos que responderam ao questionário disseram que as perdas foram de R$ 21,64 milhões. ESTOQUE- Também conforme dados apurados de 105 empresas que forneceram dados, 77 disseram que tiveram perdas no estoque entre R$ 10 a R$ 40 mil e 7 disseram que as perdas no estoque foram de R$ 40 a R$ 70 mil e 21 disseram que tiveram perda no estoque de R$ 70 mil para mais de R$ 100 mil. E quantas empresas tinham seguro? Pelo levantamento, das que responderam, 82% não tinham seguro.
LIBERAÇÃO DAS CANCELAS A Federasul, presidida por Rodrigo Souza Costa, encaminhou um pleito importante para o governador Eduardo Leite no último dia 3 de outubro. Trata-se da liberação de cancelas em duas Praças de Pedágios por 60 dias. Em Palmas, na ERS-130, Km 93 e em Cruzeiro do Sul, Km 19, na RST-453. São dois polos de grande movimentação e fluxo médio diário de 6.500 veículos, muitos dos quais, levam donativos e estão empenhados e envolvidos na reconstrução. Muitos dos que passam pelos pedágios perderam suas casas e pertences e precisam pagar pedágio para ir ao trabalho. Sendo atendida a liberação de cancelas por um período, pelo menos, seria uma medida interessante pela forma prática de ajudar as pessoas, sem muita burocracia, que está emperrando recursos. Ou a burocracia seria apenas uma desculpa?
TURISMO Com a calamidade pública sofrida por vários municípios do Vale do Taquari, é voz corrente que o turismo passa a ser uma economia ainda mais importante. O turismo pode fomentar centenas de iniciativas no ramo de serviços e negócios, trazendo gente de fora, para movimentar nosso comércio, bares, restaurantes, artesanato, eventos culturais. Bora lá vencer as amarras. Abraço à família Kern pelo lançamento do espaço de festas Salão Meninas Garden, em Arroio Grande.