Com todo respeito às atribuições legislativas, os posicionamentos e a votação do financiamento habitacional social pós-enchente (páginas 08 e 09) é o menos difícil. Os desafios estão por vir. Na prática: negociar os lotes, credenciar famílias. Sim, fazer a permuta de áreas por escrito. Dar baixa na escritura antiga, cortando água, energia e afins, revertendo para todo o sempre ‘as ruinas’ para um futuro parque público mais amplo e belo sonhado por muitos arroio-meenses. Também tentar sensibilizar e respeitar quem quer ficar no passado. Pois as pessoas têm o direito de viver de acordo com as próprias convicções desde que respeitem a lei. E as leis no Brasil nem sempre tem resultados justos e perfeitos. A natureza vem e mostra que até o Daer e o Dnit precisam estar em constante aperfeiçoamento e flexibilidade.
Em meio a isso, propostas de ‘dragagem’ do leito do rio Taquari quase soam como a duplicação da ERS-130. Uma draga custa mais de R$ 5 milhões e sozinha não dará conta de desassorear os entulhos e cascalhos que supostamente estão elevando a cota de inundação atual em curto prazo, sem criar um novo braço nas secretarias de obras municipais e estadual. É preciso cuidado na forma de nutrir anseios, pois logo podem surgir promessas de navegabilidade de pequenas embarcações até locais nunca antes navegáveis.
Tão complexo como a UTI do Hospital São José, já há quem sonhe além da mera aquisição de uma ‘área maior’ por parte do município, com o tal financiamento de R$ 8 milhões. Há quem defenda que o poder público deva estimular a construção de um shopping na quadra do supermercado da antiga ‘Languiru’ com arranha-céu residencial mais ousado, trazendo mais pimenta na concorrência entre construtoras que só ousaram passar de dez andares, na década de 2020, encontrando ‘resistência burocrática’, pois a legislação urbana ainda é muito ‘térrea’. Se temos poucas áreas não alagáveis, o céu é o que resta. Não só para reprogramar a questão habitacional. Também a autoestima. Dar um up no comércio e turismo, atraindo consumidores/investidores, para um lugarzinho que esporadicamente mescla vivências encontradas em Veneza e Nova Roma Sul, com apelo sócio humanitário que sempre está na moda.
Falando nisso, os últimos anos não foram de resultados sempre positivos em muitos segmentos da economia, devido à polarização política mundial, pandemia, guerras e questões climáticas. Só não teve tantas perdas quem preferiu dar um tempo, se reorganizar, observar e ocupar o tempo com outras coisas que não aparecem, como a qualificação pessoal, o amor, felicidade, família e amigos. Muitos, pelo esgotamento de recursos e renegociações, serão obrigados a ‘encolher’ para retomar depois, sob a pena de perder tudo para o vício de ‘investir e reinvestir’.
Enquanto o show do Barbarella em homenagem aos 89 anos de Arroio do Meio foi adiado, os Rolling Stones citam o Brasil no novo hit Angry. Muitas pessoas, como o vereador licenciado Cesar Kortz (MDB), defendem a manutenção das programações, eventos e competições, como forma da população espairecer.
A QUALIDADE DAS OBRAS PÚBLICAS – O evento climático do último fim de semana danificou obras de diferentes gestões públicas e até atingiu diretamente e indiretamente profissionais ligados a regularizar, fiscalizar e participar de obras públicas e privadas. Não tem nada de errado nisso.
CAPITÃO TRANSFERE INÍCIO DA PROGRAMAÇÃO NATALINA
Foi transferido para o dia 3 de dezembro, em decorrência da tempestade do último fim de semana, o Acendimento das Luzes, Caminhada Iluminada e 3ª Festa do Músico do município de Capitão.
A abertura do evento, com apresentações culturais e show principal da Orquestra Municipal OSCA está prevista para às 17h30min. Às 19h30min ocorre Caminhada Iluminada pelo Centro da cidade (grupos de artesanato do Cras devem trazer seus vidros e para o público em geral, serão disponibilizadas velas para os que queiram participar). Para às 20h está agendada a abertura oficial e às 20h15min o Acendimento das Luzes de Natal. Após, haverá baile com a Banda Werner e Cia Musical.
Legenda: Tempestade atingiu árvore de Natal e programação natalina foi transferida para o dia 3
IMPACTO E ATRASOS NA ERS-482 – As chuvas registradas no último fim de semana provocaram danos expressivos na base de 800 metros ainda não asfaltados da ERS-482 no território de Capitão. O trecho está situado na saída da cidade, nas imediações do Dallas Country Club em direção à localidade de Cascata, que recentemente recebeu execução de três galerias. O contrato com a empreiteira responsável pela obra encerra em dezembro. A Administração cogita pagar somente pelo serviço executado e abrir novo processo licitatório. Também resta a construção de uma nova ponte na localidade da Cascata. “Até a metade do inverno as condições climáticas eram favoráveis para evolução da obra, mas a empresa optou em levar máquinas e equipes para outras obras”, esclareceu o prefeito Jari Hunhoff. O investimento na obra supera R$ 8 milhões, sendo 70% de Capitão.