Saúde e atendimento
De 2019, para 2022, a Secretaria Municipal da Saúde e Assistência Social de Arroio do Meio aumentou em 152% o número de atendimentos. Gustavo Kasper, titular da pasta desde o início da atual administração, explica que o que contribuiu para este aumento no número foi a oferta de novas especialidades, com mais profissionais contratados, a qualificação, – com mais tempo para o diagnóstico, – ampliação do horário de atendimento (de segunda a sexta até às 20h). Porém diante de crescentes demandas de diferentes casos em função das enchentes que afetaram direta e indiretamente a população há uma preocupação em atuar de forma preventiva. Entre as ações em execução está a oferta de atendimento psicológico para a saúde mental e em outra frente ampliação da conscientização coletiva em relação à saúde pública como é o caso da dengue e outras doenças. A secretaria está concluindo um trabalho de conscientização junto aos alunos das escolas municipais, sobre a necessidade de cada um fazer a sua parte.
A soberania do STF
Com as seguidas indicações político partidárias para compor o STF, o perfil da nossa Suprema Corte mudou de uns anos para cá. A mudança tem gerado insegurança jurídica para a população, instituições e investimentos por parte de empresas. O próprio Congresso já se submeteu algumas vezes ao autoritarismo por medo e/ou por conveniência. E o povo como fica? Durante o Governo Bolsonaro, diante das manifestações públicas feitas várias vezes pelo então presidente, questionando as decisões, algumas monocráticas, este embate aumentou. No cenário político nacional enquanto Lula foi de alguma forma beneficiado politicamente (o que já foi admitido pela própria corte), bolsonaristas, patriotas, conservadores, têm se considerado perseguidos e ameaçados. Perda de mandatos parlamentares, interferências em temas antes fora das atribuições constitucionais, restrições de liberdades individuais e de expressão fazem parte desta nova atuação da Corte. Na esteira de perseguições, o 8 de janeiro, é caso a ser analisado. Levou à prisão cerca de 1400 pessoas, muitas das quais apenas manifestantes pacífi cos e que não estavam diretamente envolvidos com atos de vandalismo e crimes contra o patrimônio da União e atentado contra o Estado de Direito Democrático. Em muitos processos já julgados, as penas têm sido elevadas e parlamentares e advogados reclamam da falta de individualização dos casos. Por coincidência, o atual ministro da Justiça Flávio Dino, que já estava no poder, tem sido questionado pela não liberação de imagens do dia 8 de janeiro. Parlamentares de oposição requereram durante a atuação da CPI que elas fossem publicadas para garantir transparência e divisão de responsabilidades, já que se deram no atual governo, mas não tiveram êxito. O STJ, rejeitou o pedido de obrigatoriedade de fornecer mais imagens. O próprio Ministro Flávio Dino alegou que algumas gravações e imagens foram deletadas pela empresa responsável que faz a gestão. No começo da semana, Flávio Dino foi oficialmente indicado por Lula para ocupar a vaga de ministro na Corte, deixada por Rosa Weber. Lula já indicou no seu primeiro ano de governo outro ministro, seu advogado na lava-jato, Cristiano Zanin. Com a segunda indicação faz um movimento cirúrgico que lhe confere mais poder e aparentemente blinda seu governo. Para ser confirmado ao STF, Dino passa por sabatina no Senado. Deve ser confirmado.
Agronegócio brasileiro: vilão ou barreira comercial?
O que você acha do agronegócio do Brasil? Qual a importância dele? Em algumas narrativas aparece como vilão, mas é preciso compreender que este gigante brasileiro que é responsável por quase 1/3 do PIB nacional, responde por cerca de 20 % do emprego nacional e alimenta além da nossa população, mais de 200 milhões de pessoas, mundo afora. Dei uma conferida num canal enviado por um amigo, Raizes S.A, de Artur Toledo no qual ele entrevistou Gustavo Spadotti, chefe geral da Embrapa Territorial. Muito interessante a entrevista que ele deu por estes dias falando com entusiasmo do nosso agro (incluo grandes, médios e pequenos produtores rurais). Aliás, é bonito de ver gente falando do agro, da satisfação de produzir e cultivar alimentos além de desenvolver e evoluir no campo da ciência e tecnologia. Spadotti fez neste programa uma contextualização interessante sobre o quanto o Brasil passou de mero importador na década de 1970 para grande exportador, sugerindo que podemos desenvolver mais nossas potencialidades, se elas forem bem compreendidas pelos responsáveis pela política e se não cedermos às pressões externas e até internas que por vezes difamam nosso agro. Spadotti chamou atenção na sua entrevista que enquanto o Brasil usa apenas 8% do território para produção agrícola, a Argentina usa 14%; os Estados Unidos, 18% e todos os países da Europa, mais de 50% do seu território para produção agrícola. Não se justifica com estes dados considerar o Brasil como vilão.
MILHARES NA PAULISTA
No último domingo, 26, milhares de pessoas vestindo verde-amarelo foram à Av. Paulista, com participação de parlamentares e políticos conservadores. Entre as bandeiras, manifestações por liberdade e protestos contra o Governo Lula e pela morte de Cleriston Pereira da Cunha, 46 anos, ocorrida no dia 20, na Penitenciária. Ele era um dos presos do dia 8 de janeiro. No dia 1º de setembro havia sido recomendada pela PGR, a liberdade provisória do réu para tratamento de saúde por ter adquirido comorbidades e Covid-19, com risco de morte. O pedido não havia sido analisado no STF até a data da morte.