O administrador e corretor imobiliário Paulo Inácio Frehlich, 65 anos, que já foi presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Arroio do Meio (Acisam) em 2006 e 2007, o último presidente da Frangofest, e um dos fundadores da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), destaca a perda patrimonial imensurável da região com as enchentes de setembro e novembro deste ano.
A catástrofe atingiu milhares de imóveis banhados pela bacia hidrográfica Taquari/Antas, gerando prejuízos imediatos e uma desvalorização imobiliária drástica inimaginável antes de setembro. “Alguns imóveis tinham uma cotação excelente, mas eram inegociáveis, por parte dos proprietários. Hoje os investidores não fazem questão sequer de ser parceiros em negócios”, compara.
Assim como aluguel social para famílias e programas de habitação popular em loteamentos residenciais, Frehlich sugere uma modalidade empresarial. Como sugestão para parcerias ‘ganha-ganha’ o incentivo público a modalidades de aluguel envolvendo imóveis ociosos.
Segundo ele, não há necessidade de se doar áreas novas para edificações novas, que gerarão ônus para poder público e empresas que já estão em dificuldades. Um dos imóveis disponíveis para locação de empresas é do da antiga Fábricas Majolo, conta mais de 10 mil m² sendo mais 5 mil m² de instalações prediais. “Os proprietários de Santa Catarina são parceiros em flexibilizar o uso dos espaços atendendo mais empresas. O imóvel está numa área nobre do bairro Rui Barbosa, e já foi importante para o desenvolvimento da comunidade que tem posto de saúde, supermercados, clube e entre outras iniciativas. É uma maneira de segurar empresas. Primeiro com aluguel social e depois quem sabe, estas empresas podem vir a financiar e fixar o ponto neste espaço que já foi tão importante para economia de Arroio do Meio. É preciso tentar algo mais”, dimensiona.
Foto: Solano Alexandre Linck