O ex-presidente da Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT) e conselheiro da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Oreno Ardêmio Heineck, faz uma avaliação do cenário econômico, político e social âmbito nacional, estadual e local.
No país, contextualiza, que o primeiro ano do governo Lula não contribui para tranquilidade econômica, citando a falta políticas públicas setoriais e excesso de temas controversos. Mesmo assim, destaca a inflação estabilizada e em queda, e PIB e demais indicadores razoáveis. “Nos mostra que a economia brasileira está blindada independentemente de governo e integra a macroeconomia mundial que seque tendo investimentos e crescimento, o que traz perspectivas positivas”.
No RS a preocupação é com custos consideráveis nos no fomento a produção e falta de investimentos em logísticas. “A Serra Gaúcha foi a única a receber concessão de pedágios em suas rodovias, a custos altos, e não existe perspectiva de implementação de navegação. A carga tributária é um desastre, além disso o aumento de impostos com chantagens nos incentivos fiscais, refletem em outros segmentos. Assuntos que não são contextados na AL/RS que é passiva. Faltam políticas setoriais e busca de investimentos do exterior”.
Na região, apesar das feridas das catástrofes ambientais, Heineck nota o desenvolvimento de bons projetos, especialmente a valorização do setor primário que representa cerca de 25% da economia. “Falta uma agencia regional de desenvolvimento, autossuficiente e privada para questões de meio ambiente, logística e hipermodais, com incentivos a diversificação econômica, turismo, agroindústria, indústria e comércio”.
Heineck também critica alguns municípios que cancelaram a programação natalina. Segundo ele a áuria positiva é fundamental para superar traumas e recuperar a capacidade de produção, no íntimo das pessoas, fazendo elas se sentirem integradas aos processos. “A agência regional custeada por empresários seria uma alavanca para não depender exclusivamente do poder público local que tem recursos limitados”, dimensiona.
Foto: Solano Alexandre Linck