A ideia do texto de hoje me veio através das muitas brincadeiras de internet. Curto muito delas que fazem relembrar coisas, afinal, recordar é viver. São inúmeras as ideias e eu curto maioria. Dia desses vi uma em que pedia como a pessoa te conheceu. Bah, que bacana. Mas, como disse, muitas vezes não participo, nem respondo, nem compartilho, apenas curto e penso depois. Realmente, memórias me vêm à cabeça.
A que quero compartilhar com você leitor, é a de brinquedos. Estão frescos na minha memória, lá pelos idos dos anos 80, o boneco “Fofão”, as famosas Barbies e uma ‘cabeça’ de boneca, que tinha em sua base maquiagens para pintá-la e escová-la. Esta última era da marca Estrela. Não preciso dizer que eram brinquedos disputadíssimos na época. O “Fofão” com seu macacão de jeans e uma blusa listrada e de umas enormes bochechas. As barbies eu tinha uma coleção; eram esbeltas e de rostos maravilhosos. A outra boneca a que me referi virava minha cobaia para produções e penteados.
Os três brinquedos citados iam para cima e para baixo, e me ocupavam por muito tempo. Não eram necessários muitos brinquedos, pois esses ocupavam e proporcionavam muitas brincadeiras com amigos e o desenvolvimento da criatividade quando brincava sozinha.
Hoje, lastimo, vejo brinquedos em demasia e que não ocupam uma fração de segundos. Logo, as crianças cansam e já querem outro e mais outro e assim vai. A casa vira uma “brinquedoteca”. Também reparo que os brinquedos estão menores, até me preocupo´, pois facilmente podem ser engolidos ou perigosos.
Olha como é bom escrever e recordar, pois recordei de mais brincadeiras que na nossa época havia, que eram os jogos pedagógicos. Nossa, como brincávamos. Eu, particularmente, adorava, o moinho, a paciência e o resta um. Brinco, até hoje! Sem falar no quebra cabeça, que era um desafio à parte.
Para não fazer injustiça, devo chamar atenção dos legos que no meu ver são fantásticos e de que há muito quebra-cabeça também para essa criançada. Mas, as lástimas vão para o excesso da tecnologia nas brincadeiras, a rapidez com que trocam de jogos, brinquedos e brincadeiras e a individualidade na hora de brincar. A indústria se beneficia da individualidade e da velocidade porque cria cada vez mais brinquedos e sabe usar muito bem o apelo emocional e os pais para suprir, às vezes, até o brincar junto, compra para entretê-los.
Sou da época em que os pais brincavam junto a paciência, o moinho, o xadrez. Montavam castelos e deixavam-se maquiar como a boneca deixava. Sou da época em que eu confeccionava as roupas das Barbies e montava teatros com elas o que me proporcionava brincar praticamente o dia inteiro. O outro compromisso era estudar. O brincar é muito importante, assim como o saber brincar. Atentemos para isso, pais, escolas, família e amigos. É assim como sempre digo também, não adianta jogar uma bola e dizer que isso é aula de Educação Física.