No último domingo, tivemos mais um Grenal. E Grenal é Grenal. Foi especial, pois foi o primeiro desse ano. E cheio de lances, para nenhum comentarista colocar defeito. Cronista então também teve ‘prato cheio’.
Uma partida de futebol é envolta de emoções. Difícil prever resultados quando se trata do quesito técnica aliado a sorte e decisões do árbitro. O árbitro é um ser humano passível de erros, portanto, só por aí já dá para ter uma base de que nem todo jogo vamos achar o resultado justo. Falei também de sorte. Bom, sorte é algo totalmente imprevisível. Agora, falando em técnica, o assunto já muda. Nesse aspecto, leva-se em consideração a melhor estratégia, mais e melhores treinos, bons jogadores.
Havia um favorito no Grenal passado? Havia. O Internacional. Vários fatores se conjugam nesse cenário e, eu, obviamente o sei, pois alguma coisa assisto e também de tanto escutar comentaristas e pessoas do ramo futebolístico. Afinal, cada um com seu conhecimento. Havia o tal do favoritismo, pois já estavam, os colorados, mais entrosados e o esquema tático funcionando muito bem, com revelação de belas jogadas e ensaiadas e frutos de muitos talentos individuais. Somado a isso um jogador do meu time que rendo elogios é o Alan Patrick, pois alia, fatores que, ao meu ver, fazem toda a diferença até em outros segmentos profissionais, como: a experiência, o talento, a humildade e a garra.
Se no Grenal foi pênalti ou não foi? Se algo foi apitado errado? Se era cartão amarelo ou não era? Se devia ter expulso alguém? Houve erros, sim, cometidos pelo árbitro. Ao meu ver, para ambos. E vou mais longe, concordando com alguns comentaristas que afirmaram que o placar não mudaria. Será que é meu lado colorado falando mais alto? Pode ser que sim.
O Grenal deu show da torcida? Deu. É bonito ver quando torcedores, apesar de torcerem por times diferentes sabem se respeitar. Peraí, digitando, acabo de me lembrar que houve um episódio lamentável, mas não foi entre as torcidas do Grêmio e do Inter, mas sim, um suposto assédio do mascote do Internacional com a torcedora do mesmo time, após o gol. Claro, que isso tem que ser bem apurado e haver punição. Não podemos concordar com nenhum tipo de violência num jogo de futebol, nem preconceito em relação a jogadores e desrespeito com árbitros e técnicos, como tanto se vê e ouve falar. Jogo de futebol tem que ser espetáculo. E outra, (e no fundo a gente sabe), ninguém gosta e quer perder. Para justificar a derrota, em muitas vezes, alguém ou alguma coisa, vai ganhar a culpa.
Sou colorada desde que nasci, influenciada pelo meu pai e a maioria dos familiares. O amor pelo clube me acompanha do berço. Não perco os jogos, já sofri, já chorei, já vibrei por esse time do coração. Mas, acredita, nunca fui a um estádio lotado para assistir a um jogo. O estádio, conheço, porém, vazio, o que não causa o mesmo efeito. Torcedores vibrando com o coração e jogadores correndo atrás de uma bola, colocando também toda a sua emoção na ponta de uma chuteira. ‘Ops’, nesse último ponto acho que, atualmente, não é mais bem assim. Jogadores sendo extremamente bem remunerados e não fazendo a entrega do serviço em campo.
Futebol é algo que anima, faz vibrar, pulsar o coração. Animosidades jamais podem atrapalhar as relações. Saiba torcer e separar as coisas. A vida é muito maior.