Apesar do dia festivo, a solenidade da inauguração do asfalto do trecho que é da área de Capitão, teve discursos em que foi destacado o custo que é gerado pela demora da execução, não apenas para os cofres públicos, que dispersa dinheiro público ao refazer serviços, tempo em viagens, reuniões para a exposição das demandas para diferentes governos, mas principalmente prejuízos causados para a população que perde duas vezes. Sofre com os custos que são gerados para o município que deixa de utilizar os valores para reverter em saúde, educação, infraestrutura e outros setores, bem como para as iniciativas produtivas e famílias que são oneradas com custos extras e impedidas de se desenvolver. Presente no evento, o deputado Lucas Redecker (PSDB) enfatizou que no Brasil o tempo médio é de 20 anos para que uma obra saia do papel e se concretize. Na mesma linha foi o discurso do vereador e presidente da Câmara, Gesael Biasibetti (PSDB), questionando o quanto o desenvolvimento de Capitão poderia ter avançado, caso as promessas sucessivas tivessem sido cumpridas. Quanto tempo teria sido poupado. Biasibetti também reforçou que é preciso ser muito cabeça dura, cobrar para que as obras aconteçam mesmo dentro do próprio grupo político de trabalho. Disse que tanto ele quanto o prefeito são “cabeça dura”, dando a entender que são fiéis às suas convicções em busca de prioridades.
EMOCIONADO E ALIVIADO
O prefeito Jari Hunho fez uma retrospectiva dos entraves encontrados para realizar a obra desde as promessas iniciais, feitas por governos estaduais anteriores, passando pela falência da empresa que estava inicialmente licitada para a execução, até chegar ao propósito final de intervir e decidir por um convênio entre Estado e o Município para finalmente viabilizar o sonhado projeto que seria de responsabilidade do Estado. Pelo convênio, que viabilizou a execução, o Estado acabou arcando com recursos na ordem de R$ 3,7 milhões diante do custo total de R$ 11,5 milhões, valores que ainda poderão ser alterados. Hunho‑ abraçou a execução do asfalto como uma prioridade do seu governo, lembrando que várias administrações se envolveram, se empenharam e que finalmente está na fase final. Fez seu reconhecimento. GASPAROTTO – O ex-prefeito de Arroio do Meio (1977 a 1982) e primeiro prefeito de Capitão (1993 a 1996), João Baptista Gasparotto, próximo a completar 88 anos, se fez presente ao evento acompanhado da esposa Gerta e da filha Claci.
DIA 13 DE ABRIL– O trecho do asfalto que é de reponsabilidade do município de Arroio do Meio será inaugurado dia 13 de abril. O prefeito Danilo Bruxel que prestigiou o evento ao lado dos secretários Valdecir Crecêncio, (Fazenda) Cristian Perin (Obras) e da vice Adriana Meneghini Lermen, fez um convite público para o ato solene a ser realizado nas imediações do União de Arroio Grande. Ele destacou a intervenção e pressão da comunidade através da criação de uma comissão liderada pelo empresário Hugo Schmidt. Hugo também esteve presente ao evento.
UMA FESTA POPULAR- O formato da festa de Capitão no último domingo foi um presente para a população. Foram assados mais de 550 quilos de carne e que foram servidos em marmitas a um preço acessível, revertido para escolas locais. Boa música e teatro, valorizando os talentos locais não faltaram.
PAVIMENTAÇÃO POR PARALELEPÍPEDOS
Ainda em relação à ligação asfáltica a Capitão circulam informações de que a obra demorou cerca de 50 anos, o que por óbvio impactou no desenvolvimento. Revendo edições aqui do AT, chama atenção uma matéria publicada no dia 13 de janeiro de 1984 (há 40 anos), quando o então prefeito Arnesto Dalpian, incluiu a pavimentação a Travesseiro e Capitão como aspiração do seu mandato. A intenção era fazer a ligação até Travesseiro e Capitão muito antes de se tornarem municípios, com pavimentação de paralelepípedo. O então prefeito queria aproveitar os recursos naturais de pedras disponíveis, bem como a mão de obra dos mais de cem cortadores de pedras principalmente nas localidades de Marinheira, São Jacó, Alto Palmas, Bicudo, Capitão (ainda distrito) e Alto Palmas. Dalpian defendia que seria uma agenda para desenvolver a infraestrutura das estradas e famílias do interior.
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO E CANDIDATOS – Diante das regras da legislação eleitoral, secretários municipais que serão candidatos a vereador ou prefeito nas eleições de outubro terão prazo até o dia 5 de abril para se desincompatibilizar dos cargos. Em Arroio do Meio, o secretário de Obras, Cristian Perin (PDT) e de Planejamento Carlos Rafael Black (PP) deixam a pasta. A data também é importante para o registro de filiações partidárias. Podem ter surpresas de filiações em partidos como o PL e PT que pretendem ir com candidaturas próprias.