O artesão trabalha com os mínimos detalhes e cria peças com amor, dedicação e paciência. Nesta semana, aqueles que exercem a atividade estiveram em evidência no dia 19, pois foi celebrado o Dia do Artesão. Em Arroio do Meio, há um local especial do lado da secretaria de educação em que os artistas promovem o trabalho minucioso dia a dia e recebem quem deseja adquirir os produtos: é a Casa do Artesão.
Entre os 18 associados, estão Joseane Marostega, Hedi Marostega e Dilson Henicka que utilizam a sua criatividade para transformar os diferentes materiais em peças únicas e detalhistas. Joseane é sócia do local há um ano, mas foi na infância que tudo começou quando teve o interesse pelo crochê. “Minha mãe foi para a praia e fiquei na casa de minha tia. Eu vi ela fazendo o crochê e quis aprender. Dali em diante não parei mais e hoje trabalho com pintura em tecido, madeira, patwok, fuxico, bolsas, entre outros. As pessoas chamam os artesãos de artistas e isso é verdade, pois nenhuma peça fica igual. Para mim, é uma terapia e só me faz bem.”
Na opinião de Joseane, o artesanato ainda é pouco valorizado, por isso que muitos ainda não consegue ter a renda, apenas, dessa atividade. “Colocamos o sentimento em cada detalhe e pensamos muito no público que vai usufruir. Precisa ter mais valorização por meio de projetos e incentivos, ser artesão é atuar com todo amor e carinho. Estamos sempre fazendo cursos, buscando coisas novas e ideias.”
Hedi, que é sogra de Joseane, começou a bordar ainda pequena e faz parte do grupo de artesãos de Arroio do Meio há dez anos. Antes, atuava em Horizontina. Atualmente, o crochê também faz parte de sua rotina, assim como o petwork e trabalhos em porongos. “É uma ocupação para mim e gosto muito de me dedicar. Não me imagino mais sem fazer o artesanato.
Já Henicka descobriu seu talento para o artesanato durante a pandemia. Ele atuou por muitos anos como marceneiro, mas decidiu que gostaria de começar outra atividade. A partir daí, reuniu sua experiência anterior com o poder de criação e começou a produzir peças em madeira. “Antes de ser artesão, fui para outros trabalhos, mas não me achei. Comecei quando fui ajudar um amigo que se dedicava ao artesanato. Essa atividade é o que faltava para preencher a minha vida. Sou feliz e realizado.” Ele diz que para atuar também é preciso ter talento e dedicação. Além de peças por encomenda, costuma estar nas feiras de eventos em todo o estado. A próxima que participará será na Fenachim no mês de maio em Venâncio Aires.
PÁSCOA
O foco dos artesãos até a próxima semana é a Páscoa. Além de já ter bonecos, panos de prato e outros produtos de decoração relacionados com a data disponível para a venda na Casa do Artesão, o grupo trabalha com encomendas. O local atende de segunda a sexta-feira em horário comercial e aos sábados pela manhã. A comunidade está convidada a conhecer o espaço e conferir as peças diferenciadas e temáticas com o coelhinho produzidas com diferentes materiais como tecidos, pinturas, bordados, entre outros. A casa possui foco em datas comemorativas.


