Greicy Weschenfelder
Professora da área de Letras
Já algum tempo, na Europa, e agora, no Brasil tomou forma a ideia de trabalhar menos dias da semana para obter um dia de folga. Ainda em fase experimental, já há indícios de que pode dar certo se todos levarem a sério. Essa ideia significa, resumidamente, trabalhar um pouco a mais todos os dias, de segunda a quinta, e na sexta-feira, folgar. Se tudo decorrer bem, isso pode ser uma realidade para muitas empresas, logo ali na frente.
Dar uma opinião sobre isso, ainda, é muito cedo, embora eu possa dizer que acho a ideia boa, pois motiva o servidor. Quem não gosta de uma folga durante um dia útil, na semana? Trabalhar de segunda à sexta, é cansativo (nem estou considerando o sábado), afora que durante a semana quando se trabalha, é impossível ir a médicos, dentistas, fazer coisas necessárias, caso necessário sem tirar atestado ou ter que justificar. Uma folga estimula a dar o seu melhor e ter a recompensa, estudos mostra que isso atua diretamente no psicológico da pessoa.
O ofício exercido em casa, também atua, muito parecido com o servidor como essa ideia da folga, pois se trabalha no aconchego do lar, com mais flexibilidade de horários e outras mordomias. Isso tudo começou a aparecer depois da Covid onde realmente não se podia sair de casa. Várias empresas ainda continuam com essa modalidade, pois vêm o trabalho dando certo e ambos, servidor e empresa, tendo bons resultados.
Estou só enxergando o lado positivo, mas há os dois lados, e aqui é preciso colocar que já ouvi falar, e pensando um pouco mais, numa sociedade que foi organizada há anos dessa forma, não seria diferente, o fato de que tem pessoas que não respeitam horários, apresentam-se online e não estão, e no caso, mais específico da minha crônica, o de folgar uma vez por semana, fazem tudo até a quinta-feira de qualquer jeito e muito ligeiro. Até mesmo é preciso pensar que há pessoas que necessitam do serviço na sexta-feira; imagina se todos folgarem na sexta-feira, num serviço básico? Não dá!
Sempre há um bom senso que deve ser levado em consideração. Sempre digo não é o que é melhor para um; deve ser bom para os dois: chefe e empregado. Claro que, funcionário motivado é um excelente passo para o progresso de uma empresa. Então, um bom diálogo é a saída, ou melhor, a solução. Uma folga e os números despontam? Por que não então tentar? Experimentar trabalhar um dia a menos e ver como fica? Tentar é uma boa solução.
Os mecanismos de trabalho se transformaram muito, alguns para melhor outros nem tanto. Sou funcionária também, e vejo que há muitos direitos que muitos desconhecem e descumprimento de deveres, às vezes, tão pequenos, que não são cumpridos. O bom senso é um bom remédio para todos. Numa sociedade capitalista e onde o dinheiro é de fundamental importância, precisamos valorizar o trabalho e o chefe deve valorizar servidores que fazem uma boa entrega, dedicam-se, assumem seu papel e querem bem o seu trabalho como se fosse o seu próprio.