O texto de hoje surgiu a partir de dois motivos, um deles é porque nesta semana temos o Dia Nacional do Livro Infantil e a morte de Ziraldo, o criador do Menino Maluquinho, para mim, um dos mais primorosos livros infantis que existem e que encantam a gerações e gerações.
Para termos gerações mais letradas precisamos começar desde cedo e o livrinho deve ser contado e incentivado a ser lido. Ele é uma poderosa ferramenta de leitura de mundo, de criar imaginação, de acalmar, de alegrar, de fazer a vida mais colorida e abrir horizontes inimagináveis. Quando a mãezinha conta uma história para a criança, a conexão entre ambos aumenta e o que nasce dali é uma relação mais poderosa e fora a contribuição para o gostar do mundo das letras. Por isso, o livro infantil deve fazer parte das famílias e a criança precisa ver que há livros em casa e que os pais leem também. E basta lembrar que podemos ter acesso a livros sem pagar. Não há desculpas para não ler ou ler para os filhos. As bibliotecas públicas e de escolas estão ávidas por leitores, a todo momento.
Ziraldo nos deixou um legado de obras fundamentais e necessárias para compreendermos quão rico é o mundo das letras, das caricaturas, dos desenhos. Muitas vezes, uma imagem fala mais que mil palavras. Como alguém pode fazer caricaturas tão perfeitas em alguns segundos ou ainda fazer um desenho equivalendo a um texto todinho?!
É imprescindível falar de “O Menino Maluquinho”, fantástica obra e que chegou a mim por curiosidade: queria saber por que tanto falavam em colocar uma panela na cabeça, de onde vinha essa ideia. Fui ler a obra, já adulta, e me apaixonei. Hoje, trabalho, sempre, com meus alunos, pois versa muito bem, o ser criança, fala a verdade com ingenuidade e, não quer ensinar, quer divertir, quer fazer ler. E, isso, por si só, já basta.
Se bem que, agora escrevendo e relendo a obra, penso que ela também quer ensinar, pois no finalzinho, nos relata que devemos valorizar os momentos do passado, da infância e, muitas vezes, não dos damos conta de como éramos felizes. Perdoar a criança que fomos e gostar da gente. Quem nunca fez uma trapalhada e colocou uma panela em cima da cabeça? Muitas vezes até os pais, fica a dica, para aproveitarem mais essa época dos filhos e de suas travessuras e deixarem ser um pouco meninos maluquinhos. Mas meninos maluquinhos que lêem, lêem bastante.
Um viva a leitura, a literatura. Posso dizer, de peito estufado que leio bastante e isso me deixa com a alma contente, pois faz bem. Experimente, você também, e sem filhos, alunos, além de dar o exemplo da leitura, conte a eles também histórias. Faz bem, você vai ver.