A liderança coletiva é um modelo de liderança cada vez mais utilizado em organizações que querem terem sucesso e serem eficazes; uma tendência cada vez mais presente na modernidade. A abordagem hierárquica, vertical, individual, que não leva em consideração a natureza integrativa e participação de todos os membros da equipe, passa a dar lugar a uma liderança de modo horizontal onde todos participam e tomam decisões, de modo a chegar a objetivos comuns.
Tradicionalmente, quando se vai num lugar, numa empresa, a maioria das lideranças concentra-se num líder, numa figura única sobre a qual recai toda a responsabilidade e expectativas dos resultados. No entanto, isso, hoje em dia, está ficando cada vez mais difícil, uma vez que, não se dá mais conta de tantos compromissos e uma pessoa não conseguem mais também, reunir todas habilidades e competências suficientes para gerir uma organização pública ou privada. Atualmente, a crescente complexidade das organizações e a necessidade de se adaptar a mudanças constantes faz com que a liderança seja dividida.
Ter um processo de liderança horizontal faz com que conte com líderes plurais, com diferentes habilidades que lidam com os dilemas da atualidade, com conflitos de uma maneira eficaz, conectando-se cada vez mais com o futuro e com o alcance de objetivos.
O processo de liderança compartilhada é um processo de liderança distribuída, horizontal ou plural e pode ser entendido como algo coletivo, pois é construído em equipe, no qual várias pessoas assumem papéis de liderança, de forma formal ou informal. A liderança é dividida entre os indivíduos de acordo com suas competências e habilidades. Pode haver um líder maior, mas as decisões passam sempre pelo maior número possível de pessoas o que torna o grupo integrativo. Nesse contexto, compartilhar liderança é fundamental, pois é difícil para um único líder ter todo o conhecimento e as habilidades necessárias para liderar diferentes especialidades de trabalho.
Com a liderança compartilhada, não é mais preciso que um único líder faça tudo, pois as habilidades e os talentos de cada indivíduo são aproveitados de modo que todos trabalham em conjunto para o objetivo em comum. Além disso, a liderança compartilhada pode ajudar a criar uma cultura mais inclusiva e colaborativa. Todos têm voz ativa e participativa, o que pode ajudar a promover a diversidade e a inclusão dentro do grupo.
Ela pode ser adaptada de várias formas nas organizações. No grupo, todos podem ter igual poder ou pode ter um líder principal com líderes menores, mas já com uma ideia de compartilhar liderança, cada líder ter autonomia, poder decidir, dar opiniões, poder usar suas habilidades e competências.
Importante, nessa visão de liderença, descentralizar o poder, o que, sem dúvida, favorece a autonomia, a responsabilidade e a capacidade de se comunicar com clareza que são elementos essenciais para que decisões eficazes sejam tomadas coletivamente.
Notadamente, a liderança compartilhada é a distribuição de funções de um líder entre os membros de uma equipe, de modo que todos possam ter voz ativa na tomada de decisões, sem centralizá-las numa pessoa só. Assim, todos se sentem responsáveis pelo processo, se sentem pertencentes na busca do objetivo em comum. Trata-se de um processo moderno, e cada vez, mais necessário, pois um único líder não consegue mais dar conta das complexidades do mundo atual, das demandas, além disso, é preciso que aproveitemos o talento, as habilidades e competências do grupo para alcançar os resultados tão almejados. Assim, a liderança compartilhada estimula o profissionalismo, a responsabilidade, o pensamento estratégico, a autonomia e a inclusão.
Pode-se dizer, então, que enquanto a liderança vertical é dependente da sabedoria de um líder individual, a liderança compartilhada se desdobra a partir do conhecimento do coletivo, ou seja, na interação dos membros de um grupo.

