
Urge falar das telas e seus impactos, pois extrapolamos todos os limites de uso que podemos fazer delas. Passou do normal e até doença já é.
Nós passamos a ser o produto das redes sociais, e viramos alvo fácil de vendas, de publicidade e de violências das mesmas. Muitas vezes achamos que o perigo está nas ruas, quando o ladrão está por detrás de uma tela.
Como ficam as relações humanas diante do uso e consumo exagerado da tecnologia? Pois é, não ficam. Estamos vivendo uma era de ausência. E essa ausência tem que ser sanada de alguma maneira. Por isso, o aumento da ansiedade e outras doenças da mente.
Nós não vivemos sem presença. É no contato que se efetivam os laços, que criamos memórias. É com a presença que evoluímos e nos desenvolvemos.
Também notório falar que sem a presença suprimos com a tecnologia e isso vai virando um ciclo de ansiedade. Quem nunca olhou algo no celular e quando viu já tinham se passado belos minutos do tempo.
Já é comprovado que as telas afetam o desenvolvimento cognitivo e emocional das pessoas, especialmente crianças. E tanto é que, os índices de depressão, ansiedade e suicídio disparam em números alarmantes. Afora isso, não há mais capacidade de enfrentamento a frustrações e empatia. Os valores estão se esvaindo. E, de novo, isso se consegue, com presença.
A ideia é o equilíbrio entre o uso da tecnologia. Ela está aí, tem muitos benefícios, mas não pode afetar o desenvolvimento
humano como está acontecendo.
Lembre-se a criança ou nosso aluno não tem como saber que o mundo cibernético faz tanto mal, mas o adulto sabe e não pode ficar à mercê dela também. Muitas vezes, o filho usa tanto o celular, pois vê o exemplo dos pais.
Muito pertinente resgatar valores de
família, fortalecendo laços, interagindo
com meio ambiente para que o celular seja
deixado um pouco de lado.
São tempos desafiadores em que precisamos de conhecimento e autoconhecimento. Leituras aprofundadas nos darão um norte do caminho a seguir e nos ajudarão emocionalmente e cognitivamente. Já chega de informações vagas e falsas.
Nosso cérebro está preguiçoso, pois está tudo muito rápido, a internet está campeã em não querermos pensar e ficarmos com as pessoas, com a presença.
A leitura de bons livros é um excelente enfrentamento ao mau uso da tecnologia, mitigando seus efeitos maléficos. Mas isso já é assunto para próximo texto.

