Por Leonardo Lange Barth
Com um investimento de aproximadamente R$ 1,75 milhão, a granja de suínos da Família Hollmann, localizada no Passo do Corvo, no interior de Arroio do Meio, está prestes a entrar em uma nova fase. A estrutura atual, com capacidade para 6,5 mil leitões por ciclo, será ampliada para 9 mil, e a expectativa é que o novo pavilhão esteja em funcionamento em janeiro de 2026. Com a mudança, a produção anual deve passar dos 35 mil para cerca de 60 mil animais.
A nova instalação será construída ao lado da atual, com modelo mais moderno. O projeto contará com recursos do Plano Safra, mas, segundo Michael Alex Hollmann, 27 anos, o que realmente viabiliza a obra é o apoio da BRF, empresa parceira da família na produção. “Se não fosse a ajuda da empresa, não teria como. Os juros do Plano Safra estão muito altos”, afirma.
Desde 2016, quem está à frente do manejo dos suínos é Michael, que toca a granja ao lado da mãe, Clari Hollmann, 57. O pai, Astor Hollmann, 61, que antes cuidava da produção de frangos, atualmente administra uma unidade de aviários em Santa Clara do Sul, junto com o filho mais velho, Charlis Hollmann, 34. Com a nova demanda que virá com a ampliação, Charlis deve retornar à propriedade no próximo ano para somar na condução do negócio.
A história da propriedade começou ainda nos anos 1990, com a construção dos primeiros aviários. A produção de frangos na propriedade foi encerrada em 2016. A criação de suínos iniciou em 2007, com 2.500 animais, e foi crescendo gradualmente. A atual estrutura foi concluída em 2013, adotando o sistema de creche, no qual os leitões chegam com 28 dias de vida e permanecem por 42 dias, até seguirem para a terminação.
O trabalho na granja exige dedicação diária. “Começamos cedo pela manhã, cuidando da alimentação, limpeza das instalações e acompanhando a saúde dos animais”, conta Michael. A granja é equipada com sistema de climatização, cortinas automáticas, controle de temperatura e ventilação, garantindo conforto aos animais e eficiência na produção.
Michael cresceu dentro da lida e sempre esteve envolvido no dia a dia da propriedade. Desde cedo, auxiliava nas tarefas com os frangos e, ainda adolescente, passou a trabalhar mais diretamente com os suínos. “Comecei novo na lida e sempre estive envolvido. Desde pequeno ajudava.” A sucessão familiar se consolidou de forma natural, incentivada pelo envolvimento prático e pela confiança dos pais. “Sempre me deram espaço, responsabilidade. Não me vejo fazendo outra coisa. Gosto do que faço e quero seguir tocando isso adiante”, resume.


