
No discurso de abertura da ONU, o presidente Lula mandou recados a Trump, defendeu o judiciário brasileiro, e disse que “a democracia e soberania brasileiras são inegociáveis. Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a autocratas e àqueles que os apoiam”, referindo-se à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Defendeu regulação de redes sociais e convidou delegações e líderes para participar da COP 30. Mas do evento nos Estados Unidos, o resultado mais importante foi o rápido encontro entre o presidente americano Donald Trump e o presidente Lula que abriu perspectiva de diálogo. Estratégicos, cada um ao seu modo, com perfis diferentes, pode pelo gesto de Trump (que tem sua visão), ter uma virada de jogo, pelo menos em alguns pontos, que atendam interesses da nação brasileira no cenário geopolítico, que Lula certamente defenderá.
Os candidatos ao Piratini
Há um ano das eleições, os principais pré-candidatos ao Palácio Piratini se movimentam e se articulam em torno de composições partidárias. No momento estão em evidência seis pré-candidatos: Gabriel Souza (MDB) que busca diálogo com PSDB, PP, União Brasil, PDT, Republicanos; Luciano Zucco (PL), busca apoio do PP, Republicanos, Novo, Podemos, PSDB;
Covatti Filho (PP) articula com partidos que não queiram liderar chapa; Paula Mascarenhas (PSDB) dialoga com PP, PDT, MDB e União Brasil.
Juliana Brizola (PDT), articula com PT, MDB, partidos de centro-direita.
Edegar Pretto, Paulo Pimenta e Pepe Vargas (PT) são os três nomes do Partidos dos Trabalhadores que articulam apoio do PCdoB, Psol, PDT e PSB. Como falta mais um ano para as eleições é provável que este cenário mude bastante, mas sinaliza quem poderá coligar com quem em eventual segundo turno ou em composições já no primeiro turno, lembrando que há uma tendência de muitos possíveis candidatos se abrigarem em agremiações e siglas que garantam sobrevivência política. A movimentação em busca de cabos eleitorais nos municípios (vereadores, ex-vereadores, secretários, assessores e até prefeitos que muitas vezes falam com todos os partidos, mas tem suas influências preferenciais) já iniciou.
PEC da blindagem seria retrocesso
Mote central de manifestações ocorridas no último domingo em diferentes cidades do país foi derrubada na CCJ do Senado e arquivada. A PEC da Blindagem com texto do Psol, teve voz contrária de setores mais à esquerda, artistas globais, Ongs, ativistas, assim como a anistia ampla e irrestrita. No contraponto, a argumentação favorável era por uma tentativa de defesa aos congressistas contra perseguições políticas principalmente em relação à perda de mandatos por livre manifestação, como vem ocorrendo. Deputados de diferentes partidos que votaram para restabelecer através do voto secreto, alegaram independência dos poderes e proteção do avanço do Supremo em decisões que deveriam ser do Congresso. Ou seja: processos criminais só poderiam se iniciados, no Senado e Câmara, após o aval dos congressistas. Em relação à anistia, pelo cenário em curso, muitos dos que lutaram por liberdade, direitos, justiça, anistia, durante o período da Ditadura Militar, hoje são implacáveis e criminalizam quem apenas levantou uma bandeira ou se manifestou na Praça dos Três Poderes (sem ter quebrado nada nos recintos) no dia 8 de janeiro. Aos que provocaram baderna e quebraram patrimônio público que haja punição na medida certa, incluindo também os responsáveis pela guarda e que já estavam no poder no dia dos acontecimentos.
ANISTIA NA HISTÓRIA RECENTE
Há 46 anos atrás, em 28 de agosto de 1979, o então presidente militar Gal. João Figueiredo, assinou a Lei da Anistia para crimes políticos (como sequestros e confrontos com armas, mortes) ocorridas entre 1961 e 1979. A anistia permitiu o retorno de exilados de volta ao país. O presidente Lula, a ex-presidente Dilma Roussef, o ex-deputado e líder José Dirceu foram alguns da enorme lista de anistiados que incluiu civis (artistas, intelectuais, sindicalistas, jornalistas) e militares. Além da anistia, muitos receberam indenizações que já custaram milhões aos cofres públicos, digo, pago pelos contribuintes.
Dia 20 de outubro
A data vai ficar marcada na história de Arroio do Meio. A partir deste ano será lembrada como dia de homenagear e lembrar líderes comunitários. O primeiro evento será no Salão da Comunidade de Rui Barbosa, uma segunda-feira, dia 20. A instituição do dia é uma iniciativa do vereador Vanderlei Majolo. O projeto recebeu o voto unânime do Legislativo que está organizando o evento.
Perda de recursos
Corre nos bastidores uma informação que preocupa e seria uma lástima. Perder os recursos de uma obra importantíssima para o município, prevista desde o começo do ano. Se isto ocorrer, na conta de quem devemos cobrar?