
Tivemos o privilégio de fazer uma viagem à Israel anos atrás. Uma viagem em grupo traz sempre novos conhecimento e novas amizades, permitindo entender melhor a realidade de cada País.
A viagem para a Terra Santa, além de nos permitir conhecer os lugares santos, propiciou-nos ver a realidade do jovem país, que nasceu sob a batuta do brasileiro Osvaldo Aranha, que presidiu, em 1947, a sessão especial da Assembleia-Geral da ONU que criou Israel.
Ao circular pelas magníficas estradas, que cortam o deserto, vê-se as produtivas lavouras, com processos de irrigação e cobertura. Para quem nunca viu, difícil imaginar imensas plantações, no meio do deserto. Já os kibutz merecem um destaque especial. Investimento e tecnologia fazem o deserto florir, com a convivência e trabalho conjunto.
A paz estava longe de ser uma realidade. Quando estivemos lá ocorrera um atentado a faca de uma mulher contra um soldado israelense, segundo nos informaram. Controle em postos nas estradas e locais de visitação tornou-se uma constante. Quando visitamos a cidade de Belém, onde Jesus nasceu, foi necessário trocar o guia brasileiro, de origem judaica, por um guia de origem árabe. O ingresso na cidade, cercada de muros, também era controlado.
Ninguém poderia esperar o que se seguiu, com disparos de foguetes a partir da Faixa de Gaza e outros locais da fronteira, e o revide de Israel na busca de cidadãos sequestrados, após violenta incursão contra seu território.
Na Bíblia encontramos o “olho por olho, dente por dente”. Segundo a Lei de Moisés, o culpado deveria receber um castigo proporcional ao crime que cometeu. A Lei de Talião, que aprendemos na Faculdade de Direito, é a regra que cada crime deve ter um castigo correto e proporcional, sem exageros. O crime deve ter um castigo justo.
Em sua pregação Jesus, ao dizer que seu reino não é deste mundo, ensina dar a outra face a quem o agride:
“Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam. Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica.”
Uma das mais belas passagens da Bíblia, tivemos a oportunidade de sentir ao visitar o Morro das Bem-Aventuranças. Uma bela igreja no topo do morro, as palavras de Jesus gravadas no interior da torre e o som de um coro estrangeiro a entoar cânticos sacros, tornaram a visita emocionante e inesquecível:
Bem aventurados os pobres de espírito: porque deles é o reino dos céus.
Bem aventurados são os mansos: porque eles possuirão a terra.
Bem aventurados são os que lamentam: porque serão consolados.
Bem aventurados são os que têm fome e sede de justiça: porque se fartarão.
Bem aventurados são os misericordiosos: porque eles alcançarão misericórdia.
Bem aventurados são os limpos de coração: porque verão a Deus.
Bem aventurados são os pacificadores: porque serão chamados filhos de Deus.
Bem aventurados são os que sofrem perseguições por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
Imaginando-me mais uma vez sentado no topo da montanha, a contemplar as planícies do entorno, onde Jesus pregou às multidões, só consigo pensar:
Bem-aventurados os que são livres e podem viver em paz.
Finalmente a liberdade para os reféns. Famílias recebem seus filhos após quase dois anos de privação da liberdade. Outras choram os seus mortos em uma guerra que não deveria ocorrer.
O pulso firme e decidido do Presidente Trump, dos Estados Unidos da América, foi o fiel da balança para uma conversa civilizada entre as partes.
Merecia ser convidado para desfilar no carro de honra de nossa Oktoberfest que está mais bonita, organizada e movimentada do que nunca.
Prosit.