
Sábado passado, a “gurizada” do Mini Craques, time de futebol de salão – era assim que se chamava o atual futsal naquela década de 70, auge da nossa equipe! – reuniu-se mais uma vez. Desta vez a reunião ocorreu na casa do Mário Rodrigues, o Duza, lá pelas bandas da Univates, em Lajeado que, com a esposa Rose, nos recepcionou com atenção, carinho e conforto.
Foi um daqueles encontros “show de bola”, de saímos com a alma “lavada e enxaguada”, como diria Odorico Paraguassú. O ambiente foi de alto astral, com muitas piadas, em uma residência rodeada de muito verde e silêncio. Perfeita para recordar os bons tempos. Por horas a fio recordamos episódios pitorescos. Não apenas de futebol, mas de nossas vidas da época de crianças, adolescentes e adultos.
Relembramos uma Arroio do Meio muito diferente do que vemos hoje. Era uma cidadezinha pacata, com poucos veículos circulando pelas ruas, com algumas lojas familiares e tradicionais – muitas não existem mais – e, acima de tudo, lembramos de personagens que marcaram a história do município, a nossa conhecida ”Pérola do Vale”.
Amigos são verdadeiros bálsamos no
combate à solidão, depressão e tristeza
Entre garfadas de um churrasco feito no capricho pelo anfitrião e cerveja gelada, se multiplicaram as recordações sobre aventuras inesquecíveis acontecidas, por exemplo, na saudosa represa do Seminário Sagrado Coração de Jesus. Sim, eram aventuras de verdade, principalmente para caras como eu… que até hoje não sei nadar.
Não faltaram episódios vividos no Colégio São Miguel. Confesso, com certo constrangimento, que muitas destas memórias não são recomendáveis para fins de publicação em um jornal respeitável como o nosso “O Alto Taquari”. São causos para contar apenas entre amigos que, no final de contas, são cúmplices. Afinal, todos, algum dia, “aprontaram” ao cometeram pequenos delitos infantojuvenis. Por isso, somos todos reféns… uns dos outros.
No final do sábado ficou a certeza de que estes encontros do nosso Mini Craques são bálsamos no combate à solidão, depressão e tristeza. Todo ser humano tem, dentro de si, motivos para comemorar a vida, festejar conquistas e compartilhar bons momentos de sua trajetória.
Foi isso que fiz junto a irmãos que a vida me deu: Duza, Flávio César Reinheimer, Edo Kuhn, Lúcio Bersch, Betão Theves, Zé Gasparotto, Linho Schnorr e Paulinho Berti. Obrigado pelo presente. E que isso se repita muitas vezes!
