
O mês de novembro começa com eventos alusivos aos 91 anos de emancipação político-administrativa de Arroio do Meio. Oficialmente, a programação terá no dia 4 de novembro um encontro sobre inovação com atividade a ser desenvolvida no auditório da Acisam em parceria com o Inova-RS. Entre as palestrantes da noite estarão Fernanda Ost, gestora de Inovação e Tecnologia para a Região dos Vales do Rio Taquari e Rio Pardo. Também falam na noite, Juliana Vasconcellos e Juliana Gasparotto traduzindo experiências recentes, liderando projetos de retomada de reconstrução.
Neste mesmo dia à tarde haverá Gincana Rural da Terceira Idade.
Um dos eventos mais esperados é a escolha da nova Corte, dia 28 de novembro, com show de Sandro Coelho, referência em Tchê Music, Vanera e Sertanejo Universitário. No decorrer do mês estaremos detalhando mais informações sobre a programação que será desenvolvida pela administração municipal e comunidades. Aqui no jornal estamos preparando um caderno especial sobre a comemoração do aniversário, com diferentes temáticas, para valorizar nossa gente.
Direcionamento em meio a crises
Faltando menos de um ano para as eleições nacionais majoritárias (presidente, governadores) e proporcionais (Senado, Câmara Federal e Assembleias Estaduais), que perspectivas o povo brasileiro pode ter e o que vai estar no centro do debate eleitoral no ano que vem? É difícil prever. Há muitas incertezas no Brasil, na nossa América e no mundo marcados por conflitos de ordem geopolítica, onde há disputa de poder por territórios, espaços, governos e ideologias. A ausência e falta de líderes mais genuínos e comprometidos abrem brecha a imposições feitas por governantes menos comprometidos com o bem comum, com o desenvolvimento e são de alguma forma responsáveis pela pobreza e dependência dos povos.
Pode parecer que não há uma relação direta do que acontece no mundo, com nós brasileiros, gaúchos e residentes no Vale, mas de alguma forma, a médio e longo prazo, de forma às vezes silenciosa, tudo afeta nossa tranquilidade, nosso bem-estar, nossas economias, nossas relações sociais, nosso futuro. Vejamos que o acirramento da crise na Venezuela, por conta do regime ditatorial de Nicolás Maduro, está aumentando ao ponto de uma interferência dos EUA, que projeta aparentemente conter o narcotráfico, cujas drogas chegam em solo americano. E o que ocorreu essa semana no Rio, com dezenas de mortos e feridos? Neste tema, o que se pode avaliar é o quanto as drogas lícitas e ilícitas, com um narcotráfico bem organizado, armado e infiltrado em diversos setores e áreas geográficas, dilacera famílias e comunidades. O complexo sistema de drogas e distribuição imposto pela violência e domínio de facções, destrói a saúde, o capital intelectual, a capacidade inovadora, criativa, produtiva de muita gente, que sem a proteção do Estado, perde suas perspectivas de liberdade, autonomia e crescimento pessoal. Um país sem lei, sem segurança, dominado pelo tráfico, onde pouco se criam oportunidades de trabalho, nem se respeita os setores produtivos que geram e agregam valor social e humano que futuro pode ter? Os números sobre o tráfico de drogas são alarmantes. Podem não ser precisos. Mas uma recente pesquisa, divulgada pelo DataFolha para o Fórum Brasileiro de Segurança Pública estimou que 19% da população brasileira (28,5 milhões de pessoas) vivem em áreas sob influência das facções e milícias. Enquanto cerca de 24% da população carcerária brasileira estava presa por tráfico de drogas em 2024, em maio de 2025, o Conselho Nacional de Justiça, (CNJ) indicou que mais de 100 mil réus por tráfico poderiam ter suas penas reduzidas. Este é um Brasil real. Os dados merecem uma análise principalmente depois da fala do presidente Lula, vitimizando os traficantes, em relação aos usuários.
Relatórios da Abin, apontam crescimento do tráfico de drogas por facções criminosas PCC e Comando Vermelho, na Amazônia Compartilhada, entre Brasil e Colômbia nos últimos anos. No Brasil, por suas extensas fronteiras porosas, com nações produtoras como Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai, o trânsito da droga cria e facilita teias criminosas, com facções brigando por território que desafiam a segurança e saúde pública. Imagino que a questão da segurança pública, por si só, deverá entrar no debate das eleições para o ano que vem na expectativa de que haja uma reversão de valores. Normalmente o tema da segurança pública, o combate às drogas e enfrentamento ao crime organizado têm abordagens diferentes pela direita e esquerda. Enquanto a direita foca mais no fortalecimento da segurança pública, aumento de penas, guerra ao crime organizado, a esquerda atua mais na descriminalização, relativização do crime, legalização de entorpecentes e considera que o consumo/venda de drogas está mais ligado à desigualdade social.
A desigualdade social, ao nosso ver se combate desde a mais tenra idade com educação, oportunidades de trabalho para todos, com um estado mais enxuto, menos gastador, menos voraz na cobrança de impostos e que faça efetivamente sua parte no que tange a investimentos em tecnologia, infraestrutura, defesa nacional de fronteiras e segurança.
Dia de finados
A todos os nossos antepassados e aqueles que já fizeram parte da nossa vida terrena e que se foram, nossa gratidão pelo que aprendemos e pelo legado que nos deixaram. Eterna gratidão. Deus tenha piedade, ilumine e conduza nossos caminhos.

