
Chegou uma pergunta feita por pessoa que acompanha meus escritos. Fiquei faceira, porque a regra é não ouvir um pio.
O caso até me deu a ideia de criar um “Consultório”, algo parecido com a coluna que ficou famosa nos Estados Unidos, a partir dos anos 50. A pessoa mandava uma carta pedindo conselhos sobre relacionamentos, família, etiqueta ou outros e esperava uma resposta que seria publicada depois, junto com um resumo da pergunta.
Muito bem, então vou me fazer de distribuidora de conselhos. A pergunta que chegou foi a seguinte: imagine você agora na velhice, falando para você jovem de 20 anos. Qual conselho você daria para si mesma?
Não posso responder só com uma frase. Quando eu tinha 20 anos, vivíamos aqui de uma maneira muito diferente de agora. Para aquela guria antiga eu diria que comprasse uma passagem de ônibus e se mandasse. Afinal, morava numa cidadezinha e tinha acesso a poucas coisas mais, além sermões na missa, dos magros livros da biblioteca pública e dos comentários da vizinhança.
Ter 20 anos e morar nesta região hoje em dia é outra coisa. As possibilidades são muito mais amplas. De modo que a recomendação seria diferente. Diria simplesmente para aprender Inglês – mas aprender de fato sem se fiar no Google translator. Saber Inglês dá acesso a tudo o que de melhor se publica no mundo sem precisar de intermediários. Mais! Saber Inglês vale por um passaporte de coragem. Com ele podemos nos tornar cidadãos do mundo.
Há quem considera desnecessário saber inglês.
Os franceses, por exemplo, são muito orgulhosos de sua língua e sempre resistiram a se abrir. Mas as coisas estão mudando. Seja por influência do turismo e do dinheiro que os turistas trazem, seja por compreender melhor os tempos modernos, a verdade é que quase todo o mundo fala Inglês na França agora.
Conheço gente que se recusa a aprender Inglês porque não gosta dos americanos. O caso é que a língua inglesa não é propriedade dos americanos. Hoje em dia, a língua inglesa é a língua dos negócios, da ciência, da comunicação e da tecnologia, quer a gente goste ou mesmo se não gosta.
Facilmente se encontra hoje propaganda das novidades em termos de cursos. Para executivos de empresas, por exemplo. Os cursos mais bacanas são realizados em módulos, cada módulo em um país diferente. Adivinhe em qual língua o curso é lecionado?
Aproveito meu “consultório” para chamar a atenção do pessoal jovem. Aprender Inglês tornou-se indispensável. É fácil imaginar que bons empregos nos próximos anos demandarão conhecimentos de língua inglesa, seja para lidar com os computadores ou para falar com clientes ao redor do mundo. Não dá pra ficar esperando que os outros aprendam Português… Agora, como é fácil de imaginar, aprender uma língua estrangeira não é coisa que se faça num estalar de dedos. Aprender uma língua estrangeira também nãao é igual a tirar nota boa nos testes da escola. Aprender outra língua requer o investimento de anos de energia, sem esperar milagres. Por isso aqui vai a sugestão de começar a estudar Inglês hoje. O resultado compensará.
The more you know, the more you dare.

