Com a chegada do Dia de Finados, neste domingo, 2 de novembro, os cemitérios de Arroio do Meio estão recebendo cuidados especiais para acolher os visitantes que irão prestar homenagens aos entes queridos. Segundo o padre Alfonso Antoni, da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, os espaços ligados às comunidades católicas estão em boas condições, resultado do trabalho conjunto entre as famílias e as comunidades.
“Todos os cemitérios das nossas comunidades estão bem conservados. As sepulturas são de responsabilidade das famílias, que fazem a lavagem, pintura e conservação. Já a capina, o recolhimento de lixo e a limpeza geral são feitos pela comunidade”, explica o padre.
De acordo com ele, a limpeza geral é feita ao longo do ano, com reforço especial no segundo semestre, antes de Finados. “No cemitério da Bela Vista, por exemplo, é feita uma lavagem com lava-jato em todas as lajes e corredores. Essa limpeza mais caprichada é feita por ocasião de Finados, agora na segunda parte do ano. Temos uma pessoa responsável pela limpeza, e o resultado tem sido muito bom.”
Segurança e estrutura
A segurança também vem recebendo atenção especial, sobretudo no cemitério católico da Bela Vista. “As comunidades, em geral, não têm sistema de câmeras ou ronda, mas procuram investir na iluminação noturna. Na Bela Vista, houve um investimento bastante grande. Hoje existem câmeras de vigilância instaladas, a iluminação foi reforçada e há uma ronda com monitoramento 24 horas, inclusive com alarme. Há um horário de visitação, mesmo que o cemitério não tenha portão ou grade — o horário é das 7h às 20h”, relata.
Oito cemitérios ligados à paróquia
Atualmente, a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro conta com oito cemitérios: Bela Vista, São Caetano, Palmas, Dona Rita, Arroio Grande Central, Picada Arroio do Meio, Linha 32 e Forqueta. “Algumas comunidades têm o seu cemitério próprio, outras se juntam com as vizinhas, como é o caso da Bela Vista, usada por várias comunidades da cidade e arredores. Em relação ao número de túmulos, não temos esses dados computados, mas é um bom estímulo para fazermos esse levantamento.”
Reformas e espaço disponível
Sobre reformas e melhorias, o padre destacou que o cemitério da Bela Vista não recebeu obras neste ano, mas no ano passado houve um investimento grande na construção de um bloco de gavetas. Já em outras localidades, os trabalhos continuam, especialmente nos locais afetados pelas enchentes. “Em Arroio Grande Central e Palmas está acontecendo um trabalho de reconstrução. O cemitério de Arroio Grande Central foi bastante destruído, e está sendo refeito o muro e as sepulturas danificadas.”.
Quanto ao espaço para novos sepultamentos, a situação é tranquila. “As comunidades, em geral, têm espaço disponível. No cemitério da Bela Vista, os espaços no chão estão esgotados, mas estimulamos o reaproveitamento de sepulturas mais antigas, e temos as gavetas que foram construídas. Com isso, conseguimos otimizar o espaço. Há gavetas grandes, pequenas e também específicas para cinzas. Hoje a cremação está se tornando uma prática mais frequente, e as gavetas pequenas podem ser usadas para cinzas ou ossadas mais antigas. Assim, ainda temos espaço suficiente para os próximos anos.”
Planejamento e preservação
Em relação ao planejamento futuro, o padre explica que cada comunidade organiza seus próprios investimentos. “Na Bela Vista, não temos nenhum projeto momentâneo de melhoria. O cemitério está muito bonito e bem cuidado. Claro que a manutenção precisa ser feita, como pintura de muros, mas um investimento maior não está sendo pensado agora. Ainda temos uma boa reserva de gavetas para os próximos anos. Quando for necessário, o próximo investimento será um novo bloco de gavetas.”
O padre também destaca a importância dos cemitérios como parte da história e da memória das comunidades. “Os cemitérios são uma riqueza imensa que nós temos, especialmente nesse aspecto da história do município e das comunidades. Para quem lida com pesquisa, história e memória, eles são uma grande fonte de pesquisa. Temos insistido com as comunidades que não joguem fora as pedras das sepulturas antigas, que preservem. Em Arroio Grande Central, por exemplo, há um belo trabalho nesse sentido. Queremos motivar as famílias e comunidades a cuidarem das sepulturas e dos cemitérios como uma grande fonte de informação e preservação da memória.”
Dia de memória e esperança
Sobre o significado do Dia de Finados, padre Alfonso afirma: “O Dia de Finados é um dia muito especial para a gente fazer a memória de nossos entes queridos falecidos, recordar deles, o legado que deixaram para nós, para a família e para a comunidade. É um dia de gratidão, para agradecer a Deus e a eles pela vida e pelo bem que fizeram. Também é um dia de esperança. É um dia, sim, de saudade, mas não deve ser um dia de tristeza. Deve ser um dia marcado pela esperança, pela fé na ressurreição. De lembrar que Jesus caminha conosco. É um dia de olhar para a nossa vida, valorizar a convivência e o presente que recebemos de Deus. É um dia também de reflexão sobre o sentido que a gente vai construindo para a nossa vida.”




