Com o avanço das obras de reconstrução e a expansão urbana em diferentes pontos de Arroio do Meio, cresce também a preocupação com os aterros e desmatamentos realizados sem autorização. O tema tem mobilizado o Departamento do Meio Ambiente, que reforça a importância de ações conscientes e dentro da legalidade para garantir a segurança das pessoas e o equilíbrio ecológico do município.
De acordo com a coordenadora do setor, Leucádia Telöken Korb, muitos danos ambientais e estruturais podem ser evitados com planejamento, informação e responsabilidade. O trabalho do departamento tem como objetivo orientar a comunidade e incentivar práticas sustentáveis, preservando o solo, os cursos d’água e a vegetação nativa que protege o território arroio-meense.
“Os aterros não são proibidos, mas precisam respeitar as legislações ambientais e também o Plano Diretor. Atualmente, o plano estabelece uma cota mínima de 29 metros, e abaixo dessa cota não é permitido aterrar”, alerta Leucadia.
Segundo ela, as denúncias relacionadas a aterros irregulares estão entre as principais demandas recebidas pelo setor. “Se o terreno estiver acima da cota 29 e o proprietário desejar realizar o aterro, ele deve apresentar um projeto técnico elaborado por um geólogo e submetê-lo à aprovação do Departamento do Meio Ambiente antes do início das obras”, enfatiza.
A coordenadora lembra ainda que os únicos materiais permitidos para aterros são terra e saibro, sendo proibido o uso de resíduos de construção civil.
Em relação aos desmatamentos, Leucádia explica que a sistemática é semelhante a dos aterros: podem ser realizados, desde que haja um responsável técnico e a devida autorização da Prefeitura. “Em caso de dúvidas, a comunidade deve sempre procurar o Departamento de Meio Ambiente para se orientar”, reforça.
O controle ambiental também conta com o apoio da tecnologia. O governo federal utiliza o satélite MapBiomas, que monitora a vegetação e compara imagens de diferentes anos para identificar cortes irregulares de árvores. “Quando o sistema detecta alterações, envia um alerta ao Ministério Público, que aciona o município para verificar se o desmatamento foi autorizado ou não”, explica a coordenadora. O satélite realiza comparativos com imagens desde 2008 e está integrado ao Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Além das ações de fiscalização e orientação, o Departamento do Meio Ambiente realiza projetos paralelos de conscientização. Leucádia destaca a última edição do ano da campanha Jogue Limpo com Arroio do Meio, marcada para o dia 22 de novembro, que também contará com uma feira de adoção de cães. Outro destaque é o projeto Meu Pet, Minha Responsa, desenvolvido nas escolas e com o apoio das Agentes Comunitárias de Saúde, voltado à conscientização sobre a guarda responsável de animais.


