
Envelhecer é degustar velhas recordações, combustível para curtir a parte final da vida. Já escrevi muito sobre a experiência de chegar “aos mais de 60 anos”. Leitores e amigos reclamam que às vezes pareço melancólico, pessimista, depressivo.
Na verdade, meu sentimento é exatamente oposto. Tenho prazer em recordar os “velhos tempos”, mas não faço disso argumento para rejeitar “o novo”. Costumo dizer que prefiro os televisores atuais que aqueles trambolhos à válvula que levavam uma eternidade para esquentar e ligar.
Obviamente não ignoro os excessos atuais da tecnologia, a onipresença do celular e a preferência de muitos pelo virtual ao invés do contato humano que é insubstituível. Na sexta-feira, véspera do feriado de 15 de novembro, pude usufruir de mais um momento único que me encheu de alegria e orgulho.
Participei do jantar dançante comemorativo aos 60 anos do The Horse que reuniu mais de 150 pessoas, velhos conhecidos, amigos, ex-colegas de escola e de futebol. Foi uma ocasião de reencontros, reminiscências de antigos causos e brincadeiras sobre apelidos e experiências impublicáveis da adolescência.
Foi muito especial encontrar amigos forjados
através das crônicas que publico neste espaço
Além da excelência dos participantes, o espaço escolhido do evento foi especial: o Duas Meninas Garden, em Arroio Grande. Não conhecia o lugar e não circulei por todos os ambientes da propriedade, que é um brinco pelo capricho e bom gosto do acabamento.
Parabéns ao amigo Joner Kern, que várias vezes me convidou para conhecer o lugar. Prometo visitar o Duas Meninas para explorar com tempo todos os recantos que primam pela abundância de vegetação. É, de verdade, um espaço diferenciado para eventos. Além disso, várias escolas já estiveram lá. Esta é uma visão profissional de turismo que o Joner desenvolve e que todo empreendimento deveria adotar.
Durante a festa do The Horse, o presidente Enio Meneghini e o mestre de cerimônias Luiz Petry fizeram um relato da criação e da trajetória do clube nestas seis décadas. O ponto alto foi a leitura da ata de fundação que marcou para sempre o nome de seus jovens fundadores.
Outro detalhe elogiável da noite de sexta-feira foi o encontro com amigos – se me permitem assim dizer – forjados neste espaço de crônica e bate-papo virtual. Muitos se aproximaram e fizeram comentários sobre os escritos. Isto não tem preço! Obrigado pela honra da leitura e pelo carinho. A noite, sem dúvida, foi pra lá de especial!

