
Os concursos de beleza são um sucesso de público há muitos anos no Interior do Rio Grande do Sul. Ao contrário dos grandes centros urbanos, estas competições mobilizam multidões, têm enorme repercussão e a busca de candidatas não é tarefa tão difícil. O preconceito que cerca a escolha de rainhas e princesas quase sempre se baseia na equivocada premissa de que é impossível unir beleza e inteligência/cultura. É um baita engano!
Trabalhei em diversos veículos de comunicação Rio Grande afora e participei de inúmeros concursos como jurado. A mais recente experiência foi há uma semana, quando nosso município completou 91 anos. Na Rua de Eventos, 10 mulheres tiveram coragem e ousadia de subir à passarela para serem admiradas não apenas pelos cinco jurados, mas também por uma multidão que lotou o entorno da Praça Flores da Cunha.
É a segunda vez que participo da escolha das soberanas da minha terra natal. Foi uma honra graças ao convite do prefeito Sidnei Eckert. Antes do desfile, jurados e candidatas participaram de um coquetel na Casa do Museu. Ali, conversamos por quase uma hora com as gurias, sem pauta previamente estabelecida.
A noite mostrou a educação da nossa
Gente e foi uma prova de grandeza
Além de reencontrar o grande amigo e jornalista Paulo Rogério dos Santos, do Grupo Independente, fui surpreendido pelo alto nível cultural e pelo desembaraço daquelas mulheres. Elas tinham entre 17 e 29 anos, falaram de seus sonhos, empregos, família, projetos e contaram porque decidiram participar do concurso.
Apenas três foram escolhidas ao final do destile: Daniela Branchi como rainha, juntamente com as princesas Taís Bruismann e Cintia Ferreira formaram a corte que representará Arroio do Meio nos próximos dois anos. Proclamados os resultados, havia razões de sobra para acreditar que nosso município possui talentos e potencial para realizar um evento deste porte.
Mais uma vez senti grande orgulho de ser arroio-meense ao constatar o nível de educação que marcou a festa. Não se ouviram vaias nem qualquer manifestação de inconformismo ao longo de todo processo de escolha. Ganhar ou perder é do jogo.
As meninas confraternizaram ao final da escolha, o que só comprova que temos muitos motivos para nos orgulhar. O que assistimos foi muito mais que um concurso de beleza. Foi prova de que com união, respeito e trabalho podemos transformar a nossa terra.
Parabéns a todos os envolvidos!

