
Escrevo aqui com sugestões de pauta em uma mão e de presentes, na outra. Serão mimos simples, nada muito caro, porque a criatividade é o que vale. A lembrança na memória de dias bons e aqueles ruins – cenas de bate-bocas entre amigos, familiares e vizinhos -, acomodamos na gaveta das lições a serem assimiladas com abraços e apertos de mão restauradores. As cicatrizes ficam como alerta do que não precisamos para uma vida minimamente equilibrada.
Ah! E quem sabe, vamos partir para uma promessa de Ano Novo: em 2026 todos leremos mais livros, ouviremos mais boa música e curtiremos filmes ou séries que nos permitam retomar a consciência de quem realmente somos. Sempre para o bem, é claro. A gente ruim que se engasgue com seu veneno e guarde o amargor como alerta para os dias que se disporem a agir contra um semelhante.
“Você pode dizer que sou um sonhador, mas não sou o único, espero que um dia você se junte a nós e o mundo será um só”, canta John Lennon, tragicamente assassinado por um ser doente. Mas fatalidades não devem nos desanimar. Ainda temos um longo caminho nessa batalha existencial onde, acredito, que o mal se vence com o bem. Uma crença singela, mas protegida de uma sabedoria histórica. Quem busca muito pelo paraíso, esquece o momento vivido que faz o futuro melhor no instante de cada gesto, cada palavra expressa.
Por isso, neste final de ano vou lutar com as armas da boa vontade contra a depressão que volta e meia assombra meu cotidiano e o de tantos amigos. E aí nos reunimos em confrarias de muitos risos, algumas confissões e desabafos mas, sempre, voltamos convictos de que a nossa solidão pode ser compartilhada nas lembranças dos que nos cercam.
O prazer da conversa, dos risos e das experiências trocadas nos tornam humanos menos sofridos, com uma bagagem equilibrada nesta caminhada rumo ao futuro que é sempre agora. Feliz Natal, amigo leitor. E um Ano Novo na medida para qualquer decisão que envolva fé e amor ao próximo.

