
Caiu a sanção da Magnitsky (Lei americana que é aplicada contra abusos e violação a direitos humanos) para o todo poderoso Alexandre de Morais e sua família. A informação, divulgada na semana passada, depois que no próprio STF a temida lei já havia feito alguns dos seus ministros recuar, foi recebida com surpresa. Barroso saiu da Corte antes do tempo previsto, Gilmar para se defender e proteger pediu separação da esposa… e agora, este recuo.
O que existe por trás desta mudança inesperada? Muitas pessoas alinhadas à Direita, haviam colocado esperanças no poder e influência de Donald Trump diante da perseguição e censura a conservadores. Qual o segredo da negociação feita pelo Governo Trump com Lula, na defesa de Morais e/ou interesses restritos? As negociações serão favoráveis a quem? Pois bem. Pelo que se pode avaliar em diferentes fontes de informações que surgiram a partir da queda temporária (?) das sanções é de que o que está em jogo, é o acesso por parte dos Estados Unidos à reserva de terras raras (as segundas maiores do mundo ) que são estratégicas para qualquer país aumentar seu desenvolvimento econômico e militar. Os Estados Unidos querem diminuir o poder de acesso a estas terras por parte da China.
TROCA
Fala-se que além da liberação da Magnitsky para Morais, liberação de taxações, principalmente para produtos de empresas brasileiras, mas também atuação livre para as Big Techs. Algumas fontes entendem que como homem de negócios, Donald Trump defende acima de tudo a soberania do seu país.
O Brasil tem grandes riquezas minerais em seu solo, mas infelizmente não tem políticas claras em relação à preservação, exploração e talvez nem tecnologia suficiente, o que aumenta o apetite de países mais desenvolvidos da União Europeia, China e Estados Unidos.
Durante o seu mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro defendeu ativamente a exploração do potencial de terras raras para o desenvolvimento da indústria nacional de alta tecnologia, assim como atração de investimentos estrangeiros e não apenas como ativo a ser exportado em estado bruto, o que poderá ocorrer, agora.
Van Hattem e Sanderson
O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo -RS) lidera as pesquisas para o Senado pelo Rio Grande do Sul, com vantagem de alguns pontos em relação ao governador Eduardo Leite (PSD). Mas sempre é bom lembrar que é muito cedo, que são prévias e levantam apenas uma tendência de momento. O Novo e o PL uniram forças em julho último e lançaram como segundo nome para as duas vagas ao Senado, Ubiratan Sanderson (PL), que tem apoio direto do ex-presidente Bolsonaro. Marcel Van Hattem foi um dos principais líderes de oposição ao Governo Lula, com posicionamentos corajosos e em 2025 apresentou 1177 propostas legislativas e 263 discursos em plenário, além de atuar em dezenas de comissões de trabalho como titular ou suplente.
Rigotto para o Senado?
O ex-governador Germano Rigotto (MDB) pode ser uma opção da sigla para concorrer ao Senado. Mas para isto, teria que avaliar o seu capital eleitoral diante da pré-candidatura de Eduardo Leite (PSD) ao Senado. Leite está mais em evidência e a expectativa é de que dê apoio ao seu vice-governador, Gabriel Souza, que disputará o Piratini, pelo MDB. São arranjos que ainda tem que se alinhar. Embora Gabriel Souza não esteja estre os que despontam nas pesquisas para o Piratini, é muito cedo para avaliações. Entre emedebistas existe a convicção de que a candidatura do vice-governador cresça porque o MDB tem 125 prefeituras no estado, incluindo a capital. Em termos gerais, o PP é o partido que tem maior número, com 164, das 497 prefeituras, mas nos últimos anos em termos de estado, se posicionou como aliado, integrando o Executivo ou como defesa da base governista na Assembleia.
Só em 2026
O PP ainda não definiu sua composição, aliança ou protagonismo para as eleições de 2026, o que deve ocorrer entre janeiro e março. Covatti Fillho, deputado federal e presidente da sigla, tem defendido protagonismo, mas o partido tem sido assediado para alianças com Luciano Zucco, líder do PL na Câmara e pré-candidato ao governo do RS ou com Gabriel Souza (MDB). Internamente, o PP também não definiu entre Covatti Filho e Ernâni Polo, – secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, no Governo Eduardo Leite, – quem será o pré-candidato e quem vai dirigir possíveis alianças. Nas definições, a questão nacional do partido deverá pesar.

