Arroio do Meio e em especial o distrito de Forqueta recebeu nesta semana, segunda e terça-feira, representantes de vários municípios da região do Vale do Taquari, para participar de um Curso de Capacitação, com vistas ao desenvolvimento do Turismo Rural.
A iniciativa do encontro foi da Amvat e contou com a assessoria de turismólogas (especialistas em turismo) vinculadas à Amturvales, oportunizando que os municípios que têm alguma iniciativa em projetos de turismo, sobretudo no foco do turismo rural, possam avançar, com orientações e assistência, nas atividades já em curso.
“Os Caminhos da Forqueta” foi possivelmente a organização mais favorecida com o curso de capacitação, pois viabilizou que a quase totalidade de seus membros estivessem presentes, colhendo importantes subsídios para uma caminhada sempre mais sólida e persistente.
Tive a oportunidade de acompanhar uma manifestação do presidente do Grupo de Forqueta, Paulo Reichert, em entrevista à imprensa, momento em que destacou a importância de cada momento de aprendizado e das particularidades do turismo rural que aqui está em fase inicial. Os empreendedores têm consciência de que fazendo algo diferente é possível vislumbrar um êxito lá na frente. Por isso a consorciação das atividades que cada qual vinha desenvolvendo com os projetos que cada um está a construir, somando isso ainda às formas de bem receber os visitantes, cria-se reais expectativas de bons resultados a médio e longo prazos.
O esforço da Amturvales em ampliar a cultura do turismo rural para toda a região do Vale do Taquari, onde existe a característica de uma expressiva diversificação de atividades produtivas e econômicas, constituindo-se um polo de alimentos, deve ser apoiado e incorporado. Estamos muito próximos de comprovarmos o que há muito tempo vem-se afirmando, ou seja, que o turismo é a indústria sem chaminé.
ERVA MATE SOB SUSPEIÇÃO
Chegou a vez da cultura da erva mate ser colocada no banco dos réus. As suspeitas de que o produto tenha conteúdos (metais) nocivos à saúde dos consumidores causa uma grande preocupação aos produtores, bem como às indústrias.
Diz-se que em torno de 5% das análises realizadas em amostras de erva mate pronta para o consumo teriam apresentado resultados confirmatórios de presença de elementos químicos. Mas não há ainda uma identificação da origem do problema e por outro lado ocorre uma divergência quanto à forma de fazer-se a coleta de material para as análises. Pois conhecedores da atividade garantem que se fosse feita uma análise da água do chimarrão possivelmente nenhuma alteração seria constatada.
Não há dúvidas de que os produtores já contabilizam prejuízos na atividade. Cada fato, desta natureza, implica, ao natural, em diminuição no consumo, além de preconceitos que logo se espalham. E aí a queda nos preços é um processo consequente e desequilibra toda a cadeia produtiva. E a normalização é lenta e incerta.
PROJEÇÕES
No nosso contexto da economia estadual e nacional, com a instabilidade rondando os diferentes segmentos, a produção primária sempre é vista com grande interesse por fazer um contrapeso aos crescimentos negativos.
Existe uma projeção de que o Rio Grande do Sul deverá superar, na próxima safra de soja, uma marca de cinco milhões de hectares. Ela viria de uma expansão de 4% na área ocupada com a cultura e o volume de produção deverá chegar a 14,14 milhões de toneladas, com um crescimento de aproximadamente 6%. Ou seja, maior tecnologia no plantio e na colheita. A área da cultura do milho deverá reduzir em 9,8% com a compensação de uma crescente valorização da soja.

