O salão comunitário de Rui Barbosa abrigou na terça-feira, 17, o Oitavo Encontro Nacional do Programa de Produção Integrado de Sistemas Agropecuários – Pisa, ferramenta criada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, com o envolvimento de várias Universidades Federais, incluída a Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O programa atinge hoje centenas de produtores rurais, em várias regiões do Estado e destina-se à difusão de tecnologias para a adequação do processo produtivo em propriedades rurais, visando a produção sustentável de alimentos seguros e de alta qualidade.
Organismos como o Sebrae, o Senar, a Emater e Prefeituras cooperam com o desenvolvimento do programa em curso em algumas localidades da região, como são os casos de Travesseiro e Arroio do Meio, onde os produtores de leite formam um segmento assistido e orientado em relação à viabilidade técnica, econômica e social da atividade.
O produtor, aberto à assimilação de novas tecnologias e práticas, gosta e valoriza as ações do programa e certamente os seus empreendimentos sentem os reflexos dos subsídios oferecidos.
A função das universidades, principalmente dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul é de realizar pesquisas sobre as propriedades, em um contexto geral, desde as questões relacionadas ao meio ambiente, o solo e a capacidade de produção de diferentes culturas.
Como já salientei, na região baixa do Vale do Taquari, há dois grupos de produtores de leite, nos municípios de Arroio do Meio e Travesseiro, que são avaliados periodicamente e o Setor Público participa do programa com incentivos em forma de assistência e orientação técnica.
Credores da Promilk
Já nos habituamos a ouvir informações sobre adiamentos de assembleias dos credores da extinta Promilk. O evento que estava programado para esta semana, mais uma vez foi remarcado para o início do mês de dezembro. Infelizmente os produtores de leite que têm valores a receber estão sendo ludibriados com as frequentes suspensões das reuniões. E desta forma a expectativa e a esperança de receberem seus créditos ficam mais distantes, não se podendo mais afirmar de que isso vá ocorrer dentro dos próximos 10 anos.
Altos e baixos do agronegócio
Enquanto as culturas de trigo, arroz e fruticultura contabilizam prejuízos em função de quebras na produtividade, fato decorrente das condições climáticas impróprias, há outros setores fazendo projeções mais otimistas, a partir de possibilidades concretas.
Temos informações de que países como o México e a China seguem tratando da “habilitação de plantas brasileiras”, ou seja, aprovam as condições de abate de frangos, suínos e bovinos, com vistas à ampliação das relações comerciais, por serem consumidores em potencial.
O caso do México, que já tinha habilitado cinco plantas, abatedouros de frango, incluindo o Rio Grande do Sul, aprovou outras 15 unidades, agora também aptas a exportar.
Por sua vez, a China proporciona uma informação mais ampla. Estão sendo credenciados sete novos frigoríficos dentre os quais, três unidades de bovinos, duas de suínos e duas de frango.
Sem falarmos em volumes que poderão ser envolvidos em futuras negociações, há de se saudar o fato do reconhecimento que esses países demonstram em relação à qualificação dos produtos brasileiros. Pois se a carne aqui produzida não correspondesse ao padrão que “eles” desejam, os negócios não estariam confirmados.
As vendas para o exterior sempre são importantes, ainda mais quando se trata de produtos que o mercado interno não absorveria, ainda mais que neste final de ano vivemos uma retração muito acentuada, inibindo o comércio de uma forma geral, inclusive dos gêneros alimentícios.
Senador Paim desmente a Previdência
Nos últimos dias o senador Paulo Paim, ainda integrante do mesmo partido da Presidente da República, demonstrou através de números que os argumentos da área econômica, sobretudo do Ministério da Previdência são irreais quando tratam da situação da pasta.
Segundo o senador Paim, a Previdência, ao contrário do que o governo insinua, registra uma condição de superávit financeiro considerável. Portanto, os beneficiários, aí alerto os trabalhadores rurais ameaçados com mudanças que a União quer promover, devem ficar muito atentos, porque o povo não pode continuar pagando as contas das falcatruas e desmandos, como os que nesta semana são revelados, dizendo respeito ao Ministério da Educação (Escolas Técnicas), desperdiçando dinheiro com superfaturamento escancarado e imoral, além das enormes dívidas com editoras e gráficas.
Não há jeito, os maus exemplos de Brasília continuam contaminando e sendo um atentado contra a boa índole do povo, cada vez mais castigado e sofrido.

