A semana que antecede o final do ano nos faz dar uma freada na vida. É tempo de rever amigos, familiares, reencontros e para muitos, tempo de reencontrar a si mesmo. Passamos o ano todo correndo atrás de algo que talvez nunca alcançaremos. Vivemos uma corrida desenfreada diariamente atrás de conforto, dinheiro, bens materiais, projeção, sucesso pessoal e profissional. Porém grande parte das pessoas chega ao final de um ano com a sensação de frustação, por não ter consigo isso ou aquilo. E aí se projeta novamente para o próximo ano novas conquistas, na maioria das vezes, esquecendo-se dos fracassos e suas lições. Não temos tempo para pensar, analisar e procurar não repetir os mesmos erros. É claro que sempre é tempo de recomeçar, mas porque esperar o final do ano para dar uma guinada na vida? Porque esperar 365 dias para definir novos rumos, novos caminhos? Porque não recomeçamos diariamente quando é preciso? O que se percebe é que materialmente as pessoas tem tudo, mas espiritualmente quase nada. Nessa corrida desesperada alguns chegam à frente, outros ficam pelo caminho, já outros nem saem do lugar. Vivemos uma época em que se pode ter cinco mil amigos virtuais em rede sociais e meia dúzia de amigos verdadeiros, quando se têm. Novamente seremos convidados a festejar o Natal e o Ano Novo, pouco lembrando do aniversariante. E ai de quem não conseguir presentear alguém, quando o verdadeiro aniversariante será pouco lembrado. Esse Natal, em tempos de crise, já é considerado um dos “piores” Natais de todos os tempos, segundo os analistas de mercado. A que ponto chegamos. Talvez nada possa ser pior. Quem sabe estamos nos limites da vivência humana. O certo é que o mundo precisa de uma boa “sacudida”. Antes que seja tarde demais.
Que os abraços, beijos e felicitações dessa época sejam verdadeiros e se prolonguem por cada dia de 2016. Do contrário, será uma mera formalidade.

